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Caçador de tesouros encontra relíquias da Idade do Ferro. Podem ter sido enterradas por medo de um vulcão

(dr) Conservation Center Vejle

Um caçador de tesouros descobriu um esconderijo em Vindelev, na Dinamarca, que guardava luxuosas jóias, medalhões e moedas romanas – o maior e mais rico tesouro de ouro da história dinamarquesa.

Ole Ginnerup Schytz descobriu o esconderijo da Idade do Ferro em Vindelev, na Dinamarca. Poucas horas depois de percorrer a área com o seu detetor de metais, encontrou um dos “maiores, mais ricos e mais bonitos tesouros de ouro da história dinamarquesa”, segundo um comunicado do Museu de Vejle.

Com cerca de 1.500 anos, o tesouro conta com 1kg de ouro no total. Foram encontradas joias luxuosas, medalhões e moedas romanas – incluindo uma da época do imperador Constantino, o Grande (285-337 d.C.).

Segundo o Live Science, um dos maiores destaques é um medalhão chamado bracteate, que retrata a cabeça de um homem com tranças. Abaixo da figura, há um cavalo e um pássaro, com o qual o indivíduo parece estar a comunicar.

As escrituras no objeto foram traduzidas como “o Alto”, um termo que pode referir-se a quem enterrou o artefacto ou ao deus Odin, da mitologia nórdica.

Os especialistas acreditam que o tesouro foi enterrado por um chefe de uma vila da Idade do Ferro, o que indica que a área de Vindelev era um centro de poder neste período.

A cidade fica a cerca de 8 km de Jelling, um ponto de encontro cultural onde os primeiros monarcas governaram quando reunificaram o país no século X. Até agora, “não havia nada que indicasse que um chefe ou senhor da guerra anteriormente desconhecido vivesse aqui, muito antes de o reino da Dinamarca surgir nos séculos seguintes”, explicaram.

De acordo com a investigação, o tesouro pode ter sido enterrado na sequência de uma grande erupção vulcânica que abalou a Europa em 536 d.C..

A catástrofe – culpada pela fome, pandemias e declínio socioeconómico da época -, foi tão difícil que vários indivíduos podem ter enterrado ouro para o preservar ou até acreditando que o gesto poderia “apaziguar os deuses”.

O tesouro de Vindelev estará em exposição no Museu de Vejle, que abre portas no dia 3 de fevereiro do próximo ano.

ZAP //

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