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Buscas na praia da Foz do Arelho por casal dado como desaparecido

Paulo Novais / Lusa

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A Autoridade Marítima está desde sexta-feira a fazer uma “vigilância apertada” na Foz do Arelho, Caldas da Rainha, depois do alerta do possível desaparecimento de um casal naquela praia, com ondas fortes, disse o Capitão do Porto de Peniche.

Marco Augusto relatou à agência Lusa que, desde as 19h00 de ontem, a Polícia Marítima está a efetuar passagens pela praia no sentido de encontrar algum indício que possa levar as autoridades a confirmarem ou não o desaparecimento do casal, como foi relatado por populares, num dia de mau tempo, com mar muito alteroso.

“Um casal na casa dos 20 anos, que trajava com vestuário de cores escuras, foi avistado junto ao mar entre as 18h00 e as 18h30 e, de repente, deixou de ser visto“, o que levou os populares a alertar as autoridades, explicou o comandante da Capitania de Peniche.

O mesmo responsável adiantou que, segundo os relatos dos populares, o casal chegou a ser visto com a roupa molhada, depois de ter sido surpreendido pelo mar.

A vigilância está a ser assegurada pelas patrulhas da Polícia Marítima e no local estiveram também mergulhadores, uma mota de água e homens dos bombeiros das Caldas da Rainha, além de elementos da GNR.

A zona da Foz do Arelho, como outras do país, encontra-se sob agitação marítima forte, motivo pelo qual a região esteve durante o dia sob “Aviso Laranja”.

Retomadas buscas em Ílhavo

Entretanto, as buscas para encontrar a mulher que foi arrastada na quinta-feira pelo mar, na praia da Costa Nova, em Ílhavo, foram hoje retomadas, disse à Lusa o comandante da Capitania do Porto de Aveiro.

Em declarações à Lusa, o comandante Carlos Isabel explicou que as buscas foram retomadas pelas 07h15, tendo sido alargado o perímetro em terra para quatro quilómetros a norte e quatro quilómetros a sul do local onde desapareceu a mulher.

“Retomámos as buscas com meios muito idênticos aos de ontem mas alargamos a área de busca. Mantivemos os quatro quilómetros para norte, alargamos quatro km para sul, com mais dois e mantivemos dois em direção ao mar”, explicou.

Desde as 19h45 de quinta-feira, dezenas de elementos da Polícia Marítima, Capitania e Bombeiros de Ílhavo, têm procurado ao longo de vários quilómetros da praia a mulher, de 34 anos, mas sem sucesso.

A operação mantém-se hoje com o apoio de helicóptero da Força Aérea e também com o apoio da GNR da Gafanha da Nazaré.

Quanto às condições do mar, Carlos Isabel explicou que hoje “melhoraram ligeiramente”, já que as ondas baixaram de seis para quatro metros.

“No entanto, vamos ter uma condicionante com períodos de chuva e vento forte”, avançou o responsável, reconhecendo que a equipa, hoje constituída por cerca de 70 pessoas, se vai manter com “o espírito unido e a trabalhar até ao por do sol”.

O incidente ocorreu junto ao segundo esporão da praia da Costa Nova, em Ílhavo, e o alerta foi dado cerca das 19h45 de quinta-feira.

A mulher desaparecida fazia parte de um grupo de dez pessoas que se encontravam no areal, alegadamente a participar num ritual à deusa Iemanjá, quando foram apanhadas por uma onda. Quatro delas foram arrastadas para o mar, mas só três conseguiram sair da água pelo próprio pé.

Estas três pessoas (duas mulheres, de 34 e 37 anos, e um homem, de 42 anos) foram transportadas para o Hospital de Aveiro com sinais de hipotermia.

Em declarações à Lusa, fonte do Hospital de Aveiro disse que as duas mulheres já tiveram alta hospitalar e o homem foi transferido para o Centro Hospitalar de Tondela/Viseu, mas o seu estado de saúde não inspira cuidados.

As restantes pessoas que faziam parte do grupo foram identificadas e seguiram para as suas casas.

Carlos Isabel esclareceu ainda que as pessoas que se encontravam no areal eram todas de Tondela (Viseu), ao contrário da informação avançada inicialmente que dava conta de que parte delas seriam de Águeda (Aveiro).

ZAP // Lusa

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