Astrónomos detetam o par de buracos negros supermassivos mais próximos da Terra

M. Kornmesser / ESO

Impressão artística do buraco negro no NGC 1850

Impressão artística do buraco negro no NGC 1850

Astrónomos detetaram o par de buracos negros supermassivos mais próximo da Terra, que acabarão por se fundir num buraco negro gigante, divulgou esta terça-feira o Observatório Europeu do Sul (OES).

Os dois buracos negros (corpos densos e escuros do Universo de onde nada escapa, nem mesmo a luz) estão localizados na galáxia NGC 7727, na constelação Aquário, a cerca de 89 milhões de anos-luz da Terra.

Segundo a equipa internacional de astrónomos que conduziu o estudo, os dois corpos celestes estão pouco afastados entre si, pelo que acabarão por dar origem a um buraco negro gigante.

“A pequena separação e velocidade dos dois buracos negros indicam que se fundirão num buraco negro monstruoso, provavelmente nos próximos 250 milhões de anos”, refere, citado em comunicado do OES, Holger Baumgardt, professor na Universidade de Queensland, na Austrália e um dos coautores da investigação.

Os astrónomos conseguiram determinar a massa dos buracos negros ao observarem como a sua atração gravitacional influencia o movimento das estrelas em seu redor. Para tal, usaram o espectrógrafo MUSE do telescópio VLT do OES, no Chile, e o telescópio espacial Hubble.

Um dos buracos negros, situado no centro da galáxia que o abriga, tem uma massa quase 154 milhões de vezes a do Sol, enquanto seu “companheiro” tem 6,3 milhões de massas solares.

Os resultados do estudo foram publicados na edição digital da revista da especialidade Astronomy & Astrophysics.

// Lusa

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