Novo estudo sugere que os buracos negros podem ser a chave para entender a energia escura e a expansão acelerada do Universo.
A análise indica que, em vez de abrandar, como esperado, a expansão do Universo está na verdade a acelerar devido a uma força enigmática chamada energia escura, que se acredita representar cerca de 70% da matéria-energia do Universo.
Os autores do estudo propõem que os buracos negros possam conter ou produzir energia escura.
Esta teoria, denominada acoplamento cosmológico, sugere que os buracos negros crescem em sincronização com a expansão do Universo.
A força gravitacional encontrada nos buracos negros é semelhante às condições pouco depois do Big Bang, sugerindo uma possível ligação entre os buracos negros e a inflação cósmica, o período de expansão rápida que se seguiu ao Big Bang.
Em estudos anteriores, os investigadores observaram o crescimento de buracos negros supermassivos localizados em galáxias que já não produzem novas estrelas nem alimentam o crescimento dos buracos negros.
Esta expansão observada não se deve a mecanismos comuns, mas é consistente com o acoplamento cosmológico, reforçando a ideia de que os buracos negros podem influenciar a expansão do Universo.
A equipa explorou ainda mais o papel dos buracos negros ao estudar a formação destes a partir do colapso de estrelas massivas, destaca o Science Alert.
Observaram que a taxa de formação de buracos negros estava correlacionada com a quantidade de energia escura, sugerindo que os buracos negros podem gerar energia escura à medida que nascem, o que explicaria a matéria normal em falta e a contínua aceleração da expansão do Universo.
De acordo com o físico Gregory Tarlé, da Universidade de Michigan, esta questão evoluiu de uma especulação teórica para um foco experimental, tornando os buracos negros um forte candidato na busca por respostas sobre o crescimento acelerado do Universo.