O buraco do BES agravou-se em quase 550 milhões de euros para 6,9 mil milhões em 2020. O banco fechou 2020 com um passivo de 7,08 mil milhões de euros.
Segundo o jornal ECO, isto acontece após o BES ter reforçado as provisões para responsabilidades com os credores que foram afetados com a medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal em 2014.
O banco “mau” dispõe apenas 177 milhões de euros em ativos para colmatar este buraco nas contas. Assim, se o Banco Espírito Santo liquidasse todos os seus ativos neste momento, ficariam por saldar cerca 6,9 mil milhões de euros de responsabilidades.
Dos 177 milhões em ativos, o banco tem cerca de 96,5 milhões em aplicações noutras instituições, cerca de 50 milhões em obrigações do Tesouro e 20,6 milhões de créditos sobre entidades do GES.
Além do reforço das provisões para os credores do banco — que ascendeu a 337,8 milhões de euros no ano passado —, o reconhecimento de 150 milhões de euros em juros relativos às obrigações seniores retransmitidas do Novo Banco para o BES é outro fator de peso.
O banco encontra-se em processo de liquidação, mas as contas revelam que as hipóteses de recuperação de dinheiro por parte dos credores são bastante limitadas. O valor das responsabilidades não consegue ser colmatado pelo valor dos ativos.
No problem, o zé paga!