De acordo com a Comissão Europeia, o PIB deverá crescer “4,1%” este ano, depois da queda de “7,6% em 2020”. O regresso aos “níveis pré-pandémicos” é estimado para o “final de 2022”, embora “os riscos permanecem significativos”. Ainda assim, este verão pode trazer alguma esperança à economia.
Bruxelas realça a “forte contração” na economia portuguesa em 2020, considerando que a pandemia de covid-19 afetou “fortemente todos os aspetos das atividades sociais e empresariais”. Destaca-se a hotelaria como setor com um impacto negativo “particularmente forte”.
A estimativa de Bruxelas é que o PIB tenha sofrido uma contração de 7,6% no ano passado – uma estimativa que vai ao encontro da perspetiva do Instituto Nacional de Estatística, apresentada na semana passada, recorda o DN.
Porém, a UE corta ligeiramente a previsão de crescimento para este ano. Na estimativa anterior apontava para uma recuperação de 4,2% do PIB e, de acordo com o boletim intercalar de inverno, estima um crescimento de 4,1% em 2021, e de 4,3% em 2022.
As taxas trimestrais “acompanharam a evolução da pandemia”, com uma queda acentuada na primeira metade do ano, até “cerca de 17%”. No terceiro trimestre de 2020 a economia “recuperou 13,3 por cento”.
“No entanto, o ressurgimento das infeções trouxe novas restrições no final do ano e o crescimento do PIB enfraqueceu para 0,4% no último trimestre”, referem os peritos.
Também para o primeiro trimestre de 2021 as perspetivas são pouco animadoras. O cenário deve-se sobretudo ao “bloqueio mais rigoroso em meados de janeiro”, prevendo-se uma nova queda do PIB. No entanto, Bruxelas realça que a primavera já deverá trazer uma recuperação, que será mais acentuada durante o verão. Os peritos falam mesmo numa “grande recuperação nos meses de verão”.
“Isto implica expectativas de uma recuperação notável do turismo no verão, especialmente nas viagens dentro da UE, e de uma recuperação mais gradual daí em diante. No entanto, projeta-se que o setor de turismo permaneça um pouco abaixo do nível anterior à crise até o final do período de previsão”, sublinha a Comissão Europeia.
Ainda assim, o regresso pleno aos “níveis pré-pandémicos” é estimado pela Comissão Europeia para o “final de 2022”, embora reconheça que “os riscos permanecem significativos”, nomeadamente devido à “grande dependência do país do turismo estrangeiro”. Neste setor, a evolução da pandemia continuará a ser fator de “incertezas”.
Porém, Bruxelas reconhece que estas estimativas ainda não contemplam todo o impacto da chamada bazuca europeia, tendo em consideração apenas as medidas especificadas no projeto de Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, que foram delineadas no orçamento deste ano.
“As exportações de serviços e o investimento em equipamentos registaram as maiores quedas em 2020, mas o consumo privado também caiu significativamente, com um aumento acentuado na poupança”.
No que diz respeito ao investimento no setor da construção, este “continuou a crescer”, impulsionado pelo “ciclo de projetos financiados pela União Europeia”, refere a Comissão. Já a produção industrial, “teve um desempenho relativamente bom, recuperando-se para perto dos níveis anteriores à crise”, apesar do “choque” no início de 2020.
Espera-se ainda que o aumento da procura dos consumidores e um aumento no sentimento empresarial “devam impulsionar” a recuperação económica. “Prevê-se também que o consumo privado beneficie de um mercado de trabalho relativamente resiliente, onde a queda do emprego, (…) e as transferências sociais públicas dão maior apoio aos rendimentos”.
Por fim, a Comissão Europeia diz que os preços para o consumidor deverão aumentar 0,9% em 2021 e 1,2% em 2022.
Depois o susto de início de 2021 com a economia portuguesa a voltar a contrair e todos a confinar duvido que o verão seja risonho…. Para mais Carnaval e Páscoa já estão condenados à partida o que quer dizer que Bruxelas está a ser muito otimista apesar de deixar os avisos e os “s”… O verão vai ser tímido a viver apenas com turismo interno e com fraca capacidade econômica das famílias portuguesas… Se a vacinação se arrastar como atualmente então podemos já colocar o turismo externo de parte… Ou seja os turistas naturalmente vão para países que têm melhor capacidade e melhores taxas de vacinação…. Por isso vamos ter calma não ter grandes expectativas até porque o governo promete uma coisa mas logo a seguir faz outra completamente diferente.
À velocidade que as vacinas chegam, há motivo para estarmos otimistas! Não compreendo por que razão a UE não toma medidas mais eficazes quer no fabrico, quer na compra a outros fornecedores, a vacina russa dizem estar agora pronta e com bons índices de qualidade e eficácia, por que não comprar a eles?