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Bruxelas piora previsões para défice português, mas melhora as do desemprego

Álvaro Millán / Flickr

A Comissão Europeia piorou hoje em duas décimas as previsões para o défice português, esperando um saldo negativo das contas públicas de 4,7% este ano. Contudo, melhorou as da dívida pública em três pontos percentuais, para 127,2%.

De acordo com as previsões económicas de primavera hoje divulgadas, o défice português ficará assim duas décimas acima do esperado por Bruxelas no outono passado (4,5%), mas a dívida pública baixa dos 130,3% do Produto Interno Bruto (PIB) esperados anteriormente para os 127,2%.

Quanto ao défice, Bruxelas está mais otimista do que o que o Fundo Monetário Internacional (FMI) (5,0%) e que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) (6,3%), mas mais pessimista do que o Governo (4,5%) e o Conselho das Finanças Públicas (4,1%).

Já relativamente ao rácio da dívida pública face ao PIB, a Comissão Europeia tem as previsões mais otimistas do que a generalidade das instituições, com o Governo a prever 128,0%, o FMI 131,4%, o CFP 131,5% e a OCDE (139,7%).

Para 2022, de acordo com as previsões de primavera hoje divulgadas por Bruxelas, o défice português deverá descer para 3,4%, e a dívida pública para 122,3% do PIB.

Por outro lado, melhorou as previsões económicas de primavera, a sua perspetiva quanto à taxa de desemprego em Portugal este ano, apontando agora para os 6,8%, quando em novembro do ano passado esperava 7,7%.

As previsões da Comissão hoje divulgadas são as mais otimistas de todas as principais instituições, já que o Governo prevê uma taxa de desemprego de 7,3% este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco de Portugal (BdP) apontam aos 7,7%, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) prevê 8,3% e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) espera 9,5%.

Segundo as previsões de primavera hoje conhecidas, Bruxelas mostra-se ainda confiante quanto à evolução deste indicador para 2022, prevendo que a taxa de desemprego baixe para os 6,5% no próximo ano, duas décimas abaixo da previsão do Governo (6,7%).

ZAP // Lusa

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