Portugal era esta segunda-feira o país em pior situação de novos casos e novas mortes por milhão de habitantes na média dos últimos sete dias, de acordo com sites que recolhem informação estatística sobre a pandemia.
No site ourworldindata.org, Portugal surge como o país que teve nos últimos sete dias mais casos confirmados (1.142) por milhão de habitantes, de acordo com os dados compilados pela universidade norte-americana Johns Hopkins.
A seguir a Portugal, tirando pequenos territórios como Andorra (647) e Montenegro (616), surge o Reino Unido (443), Líbano (441), Estónia (401) e Estados Unidos (400).
Segundo a mesma fonte, Portugal está também no topo da tabela de mortes por milhão de habitantes, com 27 por milhão nos últimos sete dias, seguido da Eslováquia (18,9) e Eslovénia (14,9).
Na proporção de casos totais desde o início da pandemia, Portugal tem 62 por milhão de habitantes (o 13.º número mais alto) e figura em 24.º lugar na lista dos países com mais mortes por milhão de habitantes.
A plataforma de dados portuguesa Eyedata também coloca Portugal como o país com mais novos casos por milhão de habitante na média de sete dias (1.366) e com mais novas mortes por milhão (23).
A Eyedata, que compila informação recolhida de várias fontes online, coloca Portugal como o 32.º país com mais mortes associadas à covid-19 por milhão de habitantes e 27.º com mais casos de infeção com o novo coronavírus por milhão de habitantes.
Quase 70% dos concelhos em risco extremo
Quase 70% dos concelhos estão em risco extremo devido ao número de casos, tendo registado uma taxa de incidência acumulada superior a 960 por 100 mil habitantes, entre 5 e 18 de janeiro.
De acordo com o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), estão neste patamar 215 dos 308 concelhos portugueses (69,8%).
Na última análise, divulgada a 18 de janeiro, existiam 155 concelhos nestas condições, número que era quase o triplo do verificado na análise anterior.
Segundo o Diário de Notícias, Aguiar da Beira, na Guarda, é o concelho com maior taxa de incidência (6.255 casos por 100 mil habitantes), seguido de Cuba (6.224 casos), em Beja, e Figueira de Castelo Rodrigo (5.534 casos), também na Guarda.
O concelho de Lisboa também apresenta risco máximo de contágio, com 1.404 casos por 100 mil habitantes (mais 365 casos do que na semana passada). Já o concelho do Porto está no patamar abaixo (480 casos a 959,9), com uma taxa de incidência de 918 casos por cem mil habitantes (tendo subido 177 casos), reporta o DN.
Recomendação europeia implica isolar quase todo o país
De acordo com o mesmo jornal, a Comissão Europeia propôs uma atualização, esta segunda-feira, sobre a coordenação de medidas que afetam a livre circulação na União Europeia.
Além dos já existentes verde, laranja, vermelho e cinzento, Bruxelas propõe acrescentar a cor vermelho escuro para indicar áreas onde o coronavírus está a circular em níveis muito elevados (onde a taxa de notificação de 14 dias é superior a 500 pessoas por cem mil habitantes).
Com esta nova regra, segundo o diário, apenas 22 dos 308 concelhos portugueses ficariam de fora. Quase todos os outros ficariam fechados, com exceção para transporte.
“À luz das novas variantes do coronavírus e do elevado número de novas infeções em muitos Estados-membros, é necessário desencorajar fortemente as viagens não essenciais, evitando ao mesmo tempo o encerramento de fronteiras ou proibições generalizadas de viagens e assegurando que o funcionamento do mercado único e das cadeias de abastecimento permaneça ininterrupto. Por conseguinte, é necessária uma ação mais orientada para assegurar uma abordagem coordenada sobre medidas restritivas da livre circulação dentro da UE”, lê-se no comunicado do Executivo comunitário.
Segundo o DN, Bruxelas recomenda que, para quem viaja de uma zona vermelho escura, os Estados-membros da UE devem exigir que se submeta a um teste antes da chegada, bem como a uma quarentena. A Comissão propõe também testes prévios à partida para áreas atualmente nos níveis laranja, vermelho ou cinzento.
ZAP // Lusa
Parabéns Costa pelo “milagre” português!
A última que ouvi na comunicação social foi a de que provavelmente vai ser necessário tratar doentes no estrangeiro. Há uns anos atrás as grávidas de Elvas iam ter os filhos às maternidades de Badajoz. Perante tanta incompetência, porque razão os governantes portugueses não sub-contratam a Espanha o governo de Portugal? Era muito mais barato para os todos os portugueses.
A última que ouvi na comunicação social foi a de que provavelmente vai ser necessário tratar doentes no estrangeiro. Há uns anos atrás as grávidas de Elvas iam ter os filhos às maternidades de Badajoz. Perante tanta incompetência, porque razão os governantes portugueses não sub-contratam a Espanha o governo de Portugal? Era muito melhor e mais barato para quase todos os portugueses, excepto para o Costa e quejandos.