Bruxelas investiga Amazon por alegado uso de dados pessoais de vendedores

A Comissão Europeia abriu, esta quarta-feira, uma investigação à Amazon para determinar se a empresa usou informações pessoais “confidenciais” de vendedores independentes, quebrando as regras comunitárias na área da concorrência.

A Comissão Europeia abriu uma investigação formal para avaliar se o uso de dados confidenciais pela Amazon de vendedores independentes que vendem na sua plataforma viola as regras de concorrência da União Europeia (UE)”, informa o executivo comunitário em comunicado.

Bruxelas suspeita, assim, que ao ter acesso a esta informação, a gigante norte-americana de comércio eletrónico tenha sido beneficiada em comparação com outras plataformas concorrentes.

A Amazon vende, através da sua plataforma, produtos próprios, mas tem espaço para comerciantes independentes venderem diretamente aos consumidores.

“Os consumidores europeus compram cada vez mais através da Internet. O comércio eletrónico impulsionou a concorrência e trouxe mais opções e melhores preços”, pelo que “temos de garantir que as grandes plataformas online não eliminam esses benefícios“, vinca a comissária europeia responsável pela área da Concorrência, Margrethe Vestager, citada na nota.

A empresa garantiu que vai “cooperar plenamente” com a Comissão Europeia no âmbito da investigação. “Vamos cooperar plenamente com a Comissão Europeia e continuaremos a trabalhar para apoiar empresas de todos os tipos e para ajudá-las a crescer”, lê-se em comunicado.

Segundo o Público, o anúncio da CE surge numa altura de tensão entre os EUA e a União Europeia devido a questões comerciais. Em junho, o Presidente norte-americano, Donald Trump, acusou Vestager, que está no fim do mandato, de odiar o país.

Na semana passada, o Reino Unido anunciou que se ia juntar a França e aprovou um imposto sobre grandes empresas tecnológicas que afetará sobretudo multinacionais norte-americanas como a Google, o Facebook e a Amazon.

A partir de abril de 2020, o país vai introduzir uma taxa de 2% nas receitas que estas empresas obtêm dos utilizadores no Reino Unido.

ZAP // Lusa

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