A Comissão Europeia reviu esta quinta-feira em alta a sua perspetiva para o desempenho da economia portuguesa em 2022, que deverá registar um crescimento de 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até ao fim do ano, acima dos 5,8% anteriormente estimados.
De acordo com as mesmas estimativas, espera-se que a taxa de inflação suba, passando de 4,4% para os 6,8% ainda este ano. Para o próximo ano, a Comissão Europeia previa uma inflação de 1,9%, agora estima que aumente para 3,6%, avançou, numa nota enviada aos órgãos de comunicação.
Os números para este ano de Bruxelas ultrapassam as previsões mais recentes do Banco de Portugal (que prevê 5,9% para 2022) e do FMI (que projeta 6,1%). Mesmo assim, Portugal ficou no grupo dos cinco países que este ano vão ter a inflação mais baixa, atrás da França, Malta, Finlândia e Suécia.
Esta semana, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a inflação portuguesa em junho foi de 8,7% (ou 9% para efeitos de comparação com os restantes países europeus). A variação média dos últimos 12 meses foi 4,1%.
Quanto à inflação na UE, a previsão da Comissão Europeia é que atinja os 8,3% em 2022, caindo para os 4,5% em 2023. Para a zona euro, está projectada uma taxa de inflação de 7,6% este ano e 4% no próximo.
Relativamente às previsões de Bruxelas para o crescimento económico em 2022 na União Europeia (UE), esta deverá avançar 2,7% (2,6% na zona euro). Os números confirmam o cenário de abrandamento, com as projeções para 2023 revistas em baixa, dos 2,3% calculados na primavera para os 1,4% (zona euro) e 1,5% (UE).