/

Braga vs FC Porto | Arte de Corona faz a diferença

O FC Porto mantém-se “colado” ao Sporting no topo da tabela, com quatro vitórias em quatro jogos, após bater o SC Braga por 1-0.  

O golo madrugador de Corona, logo aos sete minutos, num lance de génio do mexicano, abriu o apetite dos adeptos portistas, mas o resto da partida teve como principal actor o guarda-redes Matheus.

Isto porque os visitantes “deram-se ao luxo” de desperdiçarem um sem-fim de ocasiões flagrantes de golo – dado em que já iguala o Benfica, com nove desperdícios até ao momento no campeonato.

O Jogo explicado em Números

  • Primeiro golo logo aos sete minutos, com Jesús Corona a marcar após um toque em que tira a bola do caminho de Nuno Sequeira antes de rematar com sucesso. Foi no primeiro disparo do jogo, numa altura em que os portistas tinham 73% de posse de bola.
  • O Braga raramente conseguia libertar-se da teia e da pressão muito subida do Porto. Por volta dos 20 minutos os “dragões” registavam ainda 69% de posse. Curiosamente o os minhotos somavam os mesmo quatro remates que o Porto, mas a diferença estava no enquadrado, que deu golo.
  • À meia-hora já o Porto havia duplicado o número de disparos, enquanto o Sp. Braga não conseguia mais do que tentar destruir jogo. Por isso mesmo, nesta altura havia 8-0 em faltas (todas as infracções dos “arsenalistas”), números pouco habituais.
  • Até ao descanso o Braga conseguiu assentar um pouco o seu jogo e fugir à pressão portista, ao ponto de aumentar a posse de bola até 46%. No ataque, os “arsenalistas” chegaram aos sete disparos, mas todos desenquadrados.
  • Ao invés, o Porto rematou 11 vezes no primeiro tempo, quatro delas com boa direcção – todos os remates portistas aconteceram dentro da grande área contrária. Facilidades que complicaram a vida a Matheus. O guardião bracarense era o melhor em campo ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 6.2, fruto de três defesas, uma recolha e uma saída a soco.
  • Sinal mais para o Porto no período inicial da segunda parte. Os “dragões” fizeram os dois únicos remates enquadrados dos primeiros 15 minutos, apesar de o Braga até ter tido mais posse (54%-46%) e melhor eficácia na distribuição (79%-71%).
  • Volvidos 25 minutos desde o reatamento, Otávio dava cartas no ataque portista: sete passes (mais de metade do número de entregas de Corona durante toda a primeira parte), todos eles certos, 15 toques, dois desarmes e um remate enquadrado. Ainda assim, o máximo “obreiro” dos portistas continuava a ser Marega, com três passes para finalização.
  • Ainda antes do apito final, Alex Telles teve nos pés uma grande ocasião para aumentar a vantagem, mas viu o poste negar-lhe o golo, isto após Mattheus ter feito mais uma defesa, a quinta da noite. Ainda assim, os “dragões” só se podem queixar de si próprios pelo resultado magro, uma vez que desperdiçaram diversas ocasiões flagrantes de golo (Aboubakar e Marega duas cada e Corona uma) ao longo do desafio.

O Homem do Jogo

Matheus parou tudo o que lhe apareceu pela frente, menos a obra de arte de Corona. O guarda-redes minhoto formou uma autêntica “muralha” à frente da sua baliza, travando, uma e outra vez, os remates que vieram na sua direcção.

Ao todo, Mattheus fez cinco defesas, quatro delas a remates de dentro da área, duas recolhas e uma saída a soco, terminando a partida como o homem do jogo GoalPoint Ratings, com nota 6.8.

Jogadores em foco

  • Brahimi 6.7 – Mais uma partida de grande qualidade do argelino. Criou uma ocasião flagrante de golo, foi eficaz em oito dos 13 dribles que fez, venceu 15 dos 21 duelos que disputou e ainda sofreu cinco faltas.
  • Otávio 6.4 – Esteve 45 minutos em campo, tempo suficiente para ser o segundo melhor jogador da sua equipa. Acertou todos os 17 passes que fez, um deles para finalização, foi feliz nas três vezes que arriscou o drible e venceu sete dos 11 duelos que protagonizou.
  • Rosic 5.6 – Exibição muito esforçada. Falhou apenas um passe em 26, venceu os três duelos que disputou, somou seis alívios e quatro bloqueios de remate e ganhou um desarme dentro da área.
  • Marega 5.2 – Foi o jogador portista com mais passes para finalização (três), é certo, mas falhou duas ocasiões flagrantes de golo. Tentou por seis vezes o drible, sendo feliz duas vezes, perdeu a posse 22 vezes e controlou mal a bola em cinco ocasiões.
  • Marcelo Goiano 4.4 – Foi o pior elemento em campo. Falhou cinco vezes o desarme, venceu apenas cinco dos 15 duelos que protagonizou e perdeu a bola 15 vezes.

Resumo

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.