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Bombeiros “em falência” exigem que Estado pague dívidas de 44 milhões de euros

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Nuno André Ferreira / Lusa

Bombeiros tentam combater o fogo em São Pedro do Sul, Viseu

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, diz que as corporações de bombeiros estão “em falência técnica” e reclama ao Estado o pagamento de 44 milhões de euros em dívidas.

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) aponta para a situação financeira das corporações de bombeiros e garante que estão “à beira do colapso” devido aos “elevados custos” que têm assumido desde o início da pandemia.

O presidente da LPB, Jaime Marta Soares, alerta para “a falta de compensação financeira por parte do Ministério da Saúde, que não tem ajustado o necessário acréscimo de custos dos equipamentos de proteção individual”. Além disso, diz que ninguém quer assumir o pagamento da retirada de idosos de lares de terceira idade.

Apesar do apoio financeiro às associações humanitárias aprovado pela Assembleia da República, a Liga entende que está “no horizonte um ano ainda mais difícil” devido ao “fraco financiamento” proposto pelo Governo no Orçamento do Estado para 2021.

A LPB argumenta que o Governo está a “cavar a sepultura” das corporações de bombeiros e que o socorro às populações pode ficar em causa por falta de financiamento.

Citado pelo Jornal de Notícias, a LPB acusa o Governo de “não assumir as responsabilidades” e contribuir para a “falência técnica” em que se encontra a “maioria das associações humanitárias”. Jaime Marta Soares reclama o pagamento de 44 milhões de euros em dívidas.

Em causa estão sete milhões de euros do Orçamento Suplementar, 25 milhões de dívida pelo transporte de doentes e “cerca de 12 milhões” para compensar as despesas extraordinárias com os incêndios. “E tudo o que disserem abaixo desses valores é mentira. Uma coisa é a dívida que os ministérios conferem, outra é a dívida real”, acusa Jaime Marta Soares.

De facto, em resposta, os ministérios da Administração Interna e da Saúde não apresentam os mesmos valores do que os bombeiros.

Segundo o Ministério da Administração Interna, as despesas extraordinárias derivadas dos incêndios representam 6,5 milhões de euros, sendo que meio milhão já foi regularizado. Assim, “há 4,8 milhões em condições de serem pagos e 1,2 milhões não estão devidamente fundamentados”.

Por sua vez, o Ministério da Saúde assume uma dívida acumulada de 8,4 milhões de euros.

ZAP //

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1 Comment

  1. O ESTADO SOMOS NÓS TODOS CONTRIBUINTES:………Au sair de Casa, hoje de manhã, a minha porta estava uma multitude de gente de mão estendida. Gente conhecida, O Sr. Novo Banco, o Sr. TAP, o Sr. CGD, O Sr. Marta Soares, o Sr. SNS, outras tantas Associações e Corporações. Só tinha Cinco € e vinte cts, portanto fui educado e acabei por cumprimentar a todos “higienicamente” com cotoveladas, mascar e tudo !….mas por os vistos não era isso que todos Eles esperavam !

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