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Bombeiros ameaçam parar na época crítica de incêndios

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Nuno André Ferreira / Lusa

Bombeiros em guerra com a Proteção Civil: “decidiu incendiar os bombeiros no momento em que estão a começar os fogos florestais”.

Os bombeiros sentem-se ofendidos e exigem não só uma reunião com o primeiro-ministro Luís Montenegro, mas também um pedido de desculpas à Proteção Civil, numa altura em que arranca, já no próximo sábado, dia 1 de junho, a segunda fase mais crítica do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

Segundo o Jornal de Notícias, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) não sabe se terá todos os bombeiros disponíveis e não gostou das recentes declarações do presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), que disse que “os bombeiros voluntários ainda não estão organizados para ter um comando efetivo”.

“Não sei o que vai acontecer, nem sei que meios, sobretudo voluntários, vão estar disponíveis”, explica António Nunes, presidente da LBP, ao JN, que sublinha que o presidente da ANEPC “decidiu incendiar os bombeiros no momento em que estão a começar os fogos florestais” (a fase crítica prolonga-se até ao final de setembro).

Ao JN, o Ministério da Administração Interna diz que ainda não teve “oportunidade de analisar as declarações”. Caso não haja, “em breve”, resposta do Governo, os comandantes do Conselho Nacional Operacional de Bombeiros vão “repensar a disponibilidade para as escalas do DECIR e o exercício de funções de ligação nas estruturas da ANEPC”.

Prevê-se um ano mais quente que o anterior em Portugal, entre um grau e 1,5 graus, entre junho e agosto. No entanto, desde o início do ano, foram registados 1158 incêndios — uma redução face aos 9286 no mesmo período no ano passado.

ZAP //

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