Cinco plantadores de coca apoiantes do ex-Presidente boliviano Evo Morales, exilado no México após ter renunciado ao cargo, morreram em confrontos com a polícia e o exército na sexta-feira, que resultaram ainda num número indeterminado de feridos.
As mortes tiveram lugar no subúrbio de Cochabamba (centro), reduto político do ex-Presidente, onde ocorreram confrontos ao longo do dia entre milhares de manifestantes e a polícia.
As imagens dos corpos começaram por ser partilhadas nas redes sociais. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) não só confirmou as cinco mortes, mas também indicou que há um número indeterminado de feridos.
A CIDH denunciou em comunicado “o uso desproporcional da força policial e militar”, ao recorrerem a armas de fogo para reprimir as manifestações.
Os manifestantes tinham armas de fogo e apareceram com artefactos explosivos, sublinhou o comandante da polícia de Cochabamba, o coronel Jaime Zurita, que adiantou ter sido efetuada uma centena de detenções. Os apoiantes de Morales também se manifestaram em La Paz.
De acordo com o Público, numa entrevista divulgada na sexta-feira, Evo Morales disse que a ONU medeie a crise política no país e admitiu pedir a intervenção da Igreja Católica. Morales disse ter sido deposto do cargo através de um golpe de Estado que o forçou a exilar-se no México.
A oposição a Morales acentuou-se após o então presidente boliviano ter recusado aceitar um referendo que o poderia proibir de participar nas eleições a um novo mandato.
ZAP // Lusa
Mais um golpe de estado dos gringos.
Por causa do litio.