Rodri conquista a boicotada Bola de Ouro. Vini Jr. promete vingança

Mohammed Badra / EPA

Rodri

O médio Rodri, do Manchester City, venceu esta segunda-feira a Bola de Ouro pela primeira vez, numa cerimónia que ficou marcada pela controvérsia escolha de melhor jogador do mundo e pelo boicote do Real Madrid.

O prémio tem vindo a ser alvo de muitas críticas ao longo dos anos, que este ano atingiram o seu auge. Até Rafael Leão teve de “tapar os olhos”.

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História de Rafael Leão no Instagram.

O internacional espanhol, de 28 anos, que se encontra a recuperar de uma grave lesão num joelho contraída em setembro, venceu o Euro2024 com Espanha, em julho, e foi eleito o melhor jogador desse torneio, além de ter ajudado o Manchester City a conquistar o inédito tetracampeonato em Inglaterra, a Supertaça Europeia, em agosto de 2023, e o Mundial de clubes, em dezembro do mesmo ano.

Há 64 anos que um futebolista espanhol não era agraciado com o ‘Ballon D’Or’, sendo que o último foi Luis Suárez, em 1960, já depois de Alfredo di Stéfano ter recebido o troféu em 1957 e 1959.

O médio-defensivo sucede a Lionel Messi, tornando-se apenas o terceiro futebolista espanhol a ser galardoado em quase 70 anos de existência do prémio.

Vini, o favorito dos adeptos

O dia ficou marcado pelo boicote do Real Madrid à cerimónia, por se sentir desrespeitado pela UEFA.

“Se os critérios de atribuição não designam Vinícius como vencedor, esses mesmos critérios deveriam designar Carvajal como vencedor. Como não foi o caso, é óbvio que a Bola de Ouro da UEFA não respeita o Real Madrid”, referiu hoje o clube espanhol, através de um comunicado enviado à agência noticiosa France-Presse.

O brasileiro não demorou a reagir à entrega do prémio a Rodri. “Farei 10 vezes se for preciso. Eles não estão preparados”, escreveu no X.

Rodri deixou para trás três atletas do Real Madrid, nomeadamente Vinícius Júnior, apontado como o grande favorito, mas também o inglês Jude Bellingham e o lateral Dani Carvajal, todos ausentes da cerimónia face ao boicote do clube ‘merengue’.

Aitana Bonmatí é a melhor do mundo

Já a Bola de Ouro para a melhor futebolista foi conquistado pelo segundo ano seguido pela espanhola Aitana Bonmatí, que superou no ‘pódio’ duas companheiras de equipa no FC Barcelona, a noruguesa Caroline Graham, segunda, e a compatriota Salma Paralluelo, terceira.

O Barcelona esteve claramente em destaque: as três melhores do mundo são ‘culés’.

Rúben Dias, o melhor jogador português

Na corrida ao galardão, agora coorganizado pela revista France Football e pela UEFA, estavam dois portugueses, Rúben Dias e Vitinha, sendo que o defesa do Manchester City ficou na 23.ª posição e o médio do Paris Saint-Germain foi 27.º.

Segundo a divulgação por parte da organização conjunta entre a revista France Football e a UEFA, o médio Vitinha, de 24 anos, superou Mats Hummels e Artem Dovbyk, ambos da Roma e no 29.º lugar, e o ex-Benfica Alejandro Grimaldo (Bayer Leverkusen), que ficou em 28.º.

Já entre o central Rúben Dias, de 27 anos, e o jogador do PSG ficou Declan Rice (Arsenal), no 26.º posto, Cole Palmer (Chelsea), em 25.º, e William Saliba (Arsenal), em 24.º, ao passo que Antonio Rüdiger (Real Madrid) foi o 22.º, Bukayo Saka (Arsenal) o 21.º e Hakan Çalhanoglu (Inter Milão) o 20.º.

João Neves é o 6.º melhor sub-21

No Théâtre du Châtelet, em Paris, o companheiro de Vitinha no PSG João Neves concorreu ao Prémio Kopa, que distingue o melhor jogador com menos de 21 anos, pelo desempenho no Benfica em 2023/24.

O jovem português ficou atrás do espanhol Lamine Yamal, que, aos 17 anos, se tornou no mais jovem vencedor do galardão, isto meses após a conquista do Euro2024 com ‘La roja’.

Diogo Costa em 8.º lugar entre os postes

Diogo Costa, do FC Porto, integrou a lista de nomeados para o Prémio Yashin, para melhor guarda-redes. O português foi eleito o oitavo melhor guarda-redes da época 2023/24.

O argentino Emiliano Martínez, do Aston Villa, repetiu a conquista.

Jorge Jesus, Artur Jorge e Patão ultrapassados

Os treinadores portugueses Jorge Jesus e Artur Jorge estavam entre os nomeados da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) para melhor treinador do mundo de clubes de 2024, mas

Filipa Patão, técnica campeã nacional pelo Benfica, estava na corrida para melhor treinador de uma equipa feminina, mas o prémio foi para a britânica Emma Hayes, selecionadora do Estados Unidos que venceu o título olímpico, já depois de ter levado o Chelsea ao triunfo no campeonato inglês.

ZAP // Lusa

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