“Bloqueio” ao orçamento da CML. Moedas acusa PS de “má vontade” e diz que PCP é “exemplar”

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Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas

A votação do orçamento da Câmara Municipal de Lisboa (CML) foi adiada, depois de o PS ter alertado para “um erro de 40 milhões de euros”.

O presidente da Câmara lisboeta, Carlos Moedas, acusou o PS de “jogo político” e de “má vontade”, segundo o Diário de Notícias.

“Os trabalhadores da Câmara Municipal trabalharam dia e noite para termos um orçamento e são os mesmos trabalhadores do que quando o PS tinha a Câmara Municipal. O PS teve uma má vontade incrível. Não posso confiar, não tenho essa confiança”, disse, na SIC Notícias.

“Há um certo Partido Socialista que pensa que manda no país”, acrescentou o autarca, que acusa os socialistas de “bloquear” a implementação de certas medidas, como a gratuitidade dos transportes públicos ou os descontos na EMEL.

Não é uma coisa partidária, é um certo Partido Socialista. Isto tem que mudar”, salientou. “Um partido com o qual trabalho muito bem é o Partido Comunista. Aquilo que dizem é aquilo que fazem.”

O adiamento da reunião de discussão e votação do orçamento e das Grandes Opções do Plano para 2022-202 foi motivado “pela invocação por parte do PS de uma desculpa para não permitir que o orçamento fosse votado já e, no fundo, fosse viabilizado na sequência da declaração de voto que eles próprios já tinham comunicado”, disse à Lusa o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS), que tem o pelouro das Finanças.

Fonte socialista indicou, por sua vez, que o adiamento foi decidido após uma intervenção do vereador João Paulo Saraiva, que chamou à atenção para “a existência de erros técnicos nos mapas do orçamento“.

Entre eles, destacava-se a verba destinada à habitação, que é de 76 milhões de euros em vez dos 116 milhões de euros anunciados pelo executivo. Isto significa “menos 40 milhões de euros“, porque há ações que estão “mal classificadas” nos documentos.

Os cinco vereadores do PS já anunciaram que se vão abster “por uma questão de princípio democrático e de salvaguarda da estabilidade na gestão da autarquia”. O executivo liderado por Moedas, sem maioria absoluta, deverá conseguir e a viabilização da proposta de orçamento.

ZAP // Lusa

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