Em entrevista ao The New York Times, o bilionário e ex-presidente da Câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg disse estar disposto a gastar mil milhões de dólares para derrotar Donald Trump nas próximas eleições presidenciais dos EUA.
O empresário disse que mesmo que não se torne candidato do Partido Democrata, o seu dinheiro será utilizado para ajudar a financiar as campanhas de outros adversários do atual Presidente norte-americano, como Bernie Sanders ou Elizabeth Warren.
“Depende se o candidato precisa de ajuda. Se se saírem muito bem, precisam de menos [financiamento]. Caso contrário, precisarão de mais”, disse ao jornal.
Sobre o seu plano para as presidenciais de 2020, Bloomberg, de 77 anos, revelou que será criado uma espécie de “campanha-sombra” para as eleições gerais, que contará com centenas de organizadores em estados-chave dos Estados Unidos, bem como com uma sólida operação digital pronta para ser “herdada” pelo candidato democrata que fique depois na corrida, independentemente de quem for nomeado para o cargo.
“Mil milhões é uma quantia muito grande“, observou, revelando que só no ano passado gastou 2,8 mil milhões em projetos de caridade.
Quando anunciou oficialmente a sua candidatura à Casa Branca, em meados de novembro de 2019, Bloomberg frisou que não aceitará donativos, que financiará pessoalmente a sua campanha, tal como fez nas três vezes em que venceu as eleições para mayor de Nova Iorque, tirando proveito da sua riqueza avaliada em mais de 50 mil milhões de euros.
Os média norte-americanos apontam que Bloomberg já gastou 200 milhões de dólares em publicidade e eventos políticos de apoio à sua candidatura. Em 2012, a título de exemplo, Barack Obama gastou este mesmo valor em toda a sua campanha eleitoral, segundo aponta o jornal norte-americano NYT.