Em causa está uma publicação no Facebook onde Nuno Afonso descreveu o Bloco de Esquerda como um partido antidemocrático e apoiante de ditaduras totalitárias. O partido exige uma indemnização de 20 mil euros.
Nuno Afonso, vereador da Câmara Municipal de Sintra e antigo chefe de gabinete de André Ventura, está a ser alvo de um processo no Juízo Local Criminal de Lisboa por crime de ofensa contra o Bloco de Esquerda.
Estão em causa publicações feitas no Facebook sobre o partido em janeiro de 2021, durante a campanha presidencial. O Bloco considera que as suas afirmações eram “falsas e torpes que colocam em causa a credibilidade, confiança e reputação” do partido e exige a eliminação da publicação, a publicação de um desmentido e uma indemnização cível de 20 mil euros com juros.
“Não, não foram populares, foram pessoas instrumentalizadas por elementos do Bloco de Esquerda (sim há provas), que inclusivamente estão a preparar outras manifestações. O BE como partido antidemocrático, apoiante de ditaduras e ditadores totalitários não convive bem com opiniões diferentes, não sabe estar numa democracia, como aliás ficou provado no debate daquela candidata que tem tanto de fraca como de arruaceira. O BE instrumentaliza (calculo que não tenha oferecido sandes como o PS) populações e etnias (desta vez não era para ti Moisés, ou para o Quaresma), e apoia a violência, como se viu na tentativa de invasão do palco onde o candidato presidencial André Ventura, discursava. O BE é um partido de gente muito perigosa”, escreveu Nuno Anfonso.
O partido de Catarina Martins nega ainda alguma vez ter incitado à violência e acrescenta que “o arguido agiu com dolo, pretendendo difamar o BE, porquanto sabia que as suas afirmações eram falsas, caluniosas e desprovidas de qualquer meio de prova”, cita o Público.
Este não é o primeiro caso do género para Nuno Afonso, que já esteve envolvido num processo semelhante em Maio de 2020. O julgamento está a decorrer e André Ventura foi chamado a testemunhar.