Bloco quer administração da RTP nomeada pela Assembleia da República

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Mário Cruz / Lusa

O Bloco de Esquerda fez várias propostas à revisão do contrato de concessão do serviço público de rádio e televisão. Do lado dos trabalhadores da RTP, a proposta foi arrasada.

O Governo colocou em consulta pública, até ao fim de maio, a revisão do contrato de concessão do serviço público de rádio e televisão, que prevê, por exemplo, o fim das touradas na RTP (e que já foi contestado pelo CDS).

Segundo o jornal Público, embora encontre “matérias convergentes” no projeto, como o fim da transmissão das touradas, a criação dos canais infanto-juvenil e do conhecimento e o fim da publicidade em todos os canais exceto a RTP1, o Bloco de Esquerda também fez algumas propostas.

Entre estas medidas estão, por exemplo, extinguir o Conselho Geral Independente (CGI) e dar poder à Assembleia da República e ao Conselho de Opinião para escolherem o conselho de administração da estação pública.

Os bloquistas sugerem ainda que haja uma fusão entre os canais Internacional e África numa RTP Mundo e que se mantenha a RTP1 financiada pela contribuição para o audiovisual (CAV), sendo que todos os outros canais e atividades seriam suportados por uma indemnização paga pelo Orçamento do Estado.

Trabalhadores da RTP arrasam proposta

De acordo com o Diário de Notícias, os trabalhadores da RTP estão a fazer duras críticas à proposta de revisão do contrato de concessão, um documento elaborado pelo secretário de Estado do Audiovisual, Nuno Artur Silva.

“Mal preparada”, “mal fundamentada”, “sentença de morte anunciada” e que tem “questões de natureza conceptual que roçam a incompetência” são alguns dos exemplos.

Num comunicado conjunto assinado pela Comissão de Trabalhadores, Federação dos Engenheiros e os sindicatos afetos à atividade da RTP, a que o DN teve acesso, afirma-se que a proposta “representa um encargo extra de mais de 16 milhões de euros anuais”, “tendo como contrapartida zero em novo financiamento”.

Os trabalhadores destacam que o secretário de Estado “fez confusão de conceitos elementares”, como “entre publicidade institucional e promoção institucional”, o que, no final de contas, dá “um quadro cheio de números que temos de considerar manipulados”.

Entre as várias críticas, os trabalhadores também dizem que “a proibição total de publicidade ameaça tornar insustentáveis a RTP Madeira e RTP Açores” e que a proposta “abre a porta ao exercício esquizofrénico de encaixar a RTP Memória e o [novo] Canal Infantil/Juvenil na mesma frequência”.

ZAP //

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1 Comment

  1. Isto é só teatro, comédia e demagogia !!!
    Era o só falta dar sugestões sobre alguma coisa, quando se trata de um partido menor e irrelevante no actual contexto nacional com apenas 500.000 de eleitores no total de aproximadamente 9.5 milhões de eleitores. Vocês agora devem fazer coligações com a direita porque não oferecem qualquer confiança e palavra porque já têm provas dadas.

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