Líder dos sociais-democratas é membro do Parlamento Europeu, e está com dificuldades em abandonar o cargo. Os colegas de partido estão descontentes: “é um erro”.
No domingo à noite, as eleições na Lituânia não deixaram dúvidas: 52 dos 141 lugares do Parlamento foram assegurados pelo partido de esquerda, o LDSP, liderado pela eurodeputada Vilija Blinkevičiūtė.
A social-democrata deveria anunciar hoje a sua decisão, de acordo com os jornais locais. No entanto, o órgão de comunicação da Lituânia TV3 noticiou hoje que a decisão será comunicada amanhã, quinta feira.
O presidente lituano, Gitanas Nausėda, disse que não revelaria as razões de Blinkevičiūtė e garantiu que a líder social-democrata poderia ocupar temporariamente o cargo de primeira-ministra e entregá-lo mais tarde.
No domingo, a eurodeputada garantira assumir o cargo caso vencesse as eleições, mas com pouca convicção: na segunda feira de manhã, em conferência de imprensa, mostrou as suas dúvidas.
“Todas as circunstâncias serão pesadas, tudo isto será avaliado e depois será tomada uma decisão no nosso presidium [órgão de direção da Câmara dos Oficiais de Justiça]… Vamos pôr fim à posição de primeiro-ministro por agora“, disse Blinkevičiūtė.
Face à situação, alguns membros partido social-democrata já pronunciaram, incluindo o ex-eurodeputado Juozas Olekas, que pensa que desistir deste cargo é “um erro”: “Seria um erro. E devemos trabalhar arduamente para recuperar a confiança das pessoas que agora nos é dada”, disse ao órgão de comunicação do país LRT.
Olekas foi apontado por alguns como possível substituto mas, de acordo com o 15min, órgão de comunicação lituano, a aposta mais forte recai sobre Gintautas Paluckas, deputado do LDSP e possivelmente o futuro primeiro-ministro da Lituânia, caso a demissão se confirme.