Bill Gates vai doar 99% da sua fortuna a África. Está a tentar não morrer rico

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oninnovation / Flickr

O fundador da Microsoft, Bill Gates

Bill Gates, o fundador da Microsoft e um dos homens mais ricos do mundo, vai doar a maior parte da sua fortuna de 200 mil milhões de dólares a África, para melhorar os serviços de saúde e educação. Mesmo assim, continuará a ser a quinta pessoa mais rica do mundo.

Foi em Adis Abeba, capital da Etiópia, que Bill Gates anunciou a doação de 99% da sua fortuna a África, ao longo dos próximos 20 anos.

O multimilionário quer melhor a saúde e a educação no continente africano; afirmando que “ao libertar o potencial humano através da saúde e da educação, todos os países de África deveriam estar no caminho da prosperidade”.

Gates também instou os jovens inovadores africanos a pensarem em como desenvolver a Inteligência Artificial (IA) para melhorar os cuidados de saúde.

Segundo a BBC News, o objetivo é doar a quase totalidade dos 200 mil milhões de dólares de fortuna até 2045 – altura em que a sua fundação planeia terminar as suas operações.

“Daqui a 20 anos, a fundação encerrará as suas atividades”, declarou a fundação, citada pela mesma televisão.

Recentemente, o governo dos EUA liderado por Donald Trump cortou a ajuda a África, incluindo os programas de tratamento de doentes com VIH/SIDA, como parte da política “América Primeiro”. Isso tem levantado preocupações sobre o futuro dos cuidados de saúde no continente.

Gates, por sua vez, garantiu que a sua fundação, que tem um longo historial de operações em África, irá concentrar-se na melhoria dos cuidados de saúde primários.

A Fundação Gates afirmou ter três prioridades:

  • acabar com as mortes evitáveis de mães e bebés;
  • garantir que as próximas gerações cresçam sem ter de sofrer de doenças infecciosas mortais;
  • e tirar milhões de pessoas da pobreza.

Gates continuará no top dos mais ricos

Mesmo com a doação de 99% da sua fortuna ao continente africano, Bill Gates continuaria a ser a quinta pessoa mais rica do mundo.

Ainda assim, o multimilionário de 69 anos afirma que não quer morrer rico.

“As pessoas dirão muitas coisas sobre mim quando eu morrer, mas estou determinado a que ‘ele morreu rico’ não seja uma delas”, escreveu no seu blogue “Gates Notes”, em maio.

Os críticos da sua fundação acusam Gates de usar o seu estatuto da instituição de caridade para fugir aos impostos e exercer influência indevida sobre o sistema de saúde mundial.

Miguel Esteves, ZAP //

5 Comments

  1. Bem intencionado. Mas falhará, tal como falharam todas as outras iniciativas análogas.
    Os africanos farão uma festa com o dinheiro e, quando este acabar, continuarão pobres como dantes.

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