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Bill Gates: economistas não percebem nada de macroeconomia

oninnovation / Flickr

O fundador da Microsoft, Bill Gates

Numa entrevista recente, Bill Gates sublinhou que a economia é muito complexa e está sempre em mutação, pelo que é impossível prever o que vai acontece.

Em entrevista à Quartz, Bill Gates, fundador da Microsoft e um dos homens mais ricos do mundo, pede que se olhe de forma mais incisiva para os modelos económicos e não poupa críticas: “os economistas não percebem verdadeiramente de macroeconomia, e é pena”.

“Não é como na física, onde se recebem inputs que nos levam a determinadas conclusões. As taxas de juro alguma vez voltarão ao normal. Porque é não estão a voltar já? Não obteremos um consenso entre economistas da mesma maneira do que se atirássemos uma bola contra uma janela e perguntássemos a vários físicos ‘O que raio se passou aqui?'”

“Existem tantos fatores, incluindo o que o [economista John Maynard] Keynes chamou de ‘espírito animal’, na equação económica que não temos o poder da prever. Ainda hoje, as pessoas discutem o que aconteceu em 2008. Por isso, é mais difícil olhar para frente. [Veja-se] o papel das agências de rating em 2008, que ainda não foi completamente reformulado. Por que é que deveria ser? Bem, deve haver falta de consenso”, continuou.

O fundador da Microsoft admitiu que a economia é muito complexa e está sempre a mudar e dá como exemplo as taxas de juro negativas. “A ideia de taxas de juro negativas durante 10 anos ou, como agora no caso da Alemanha a 30 anos, é um terreno desconhecido para a macroeconomia. Como disse Warren Buffett, isto vai para lá do que está escrito em qualquer livro de economia – se procurarmos referências a taxas de juro negativas não encontramos.”

De acordo com a Visão, Bill Gates referiu ainda que “existe sempre o risco de haver uma recessão económica”, mas que isso não está sob o seu controlo.

“Tenho é de escolher quais os cientistas que vou financiar e se vou atrás de novos medicamentos contra a malária ou uma nova forma de matar os mosquitos. Não tenho [pistas sobre] alavancas económicas globais no escritório da minha fundação.”

ZAP //

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