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Administração Biden envia navio de guerra para estreito de Taiwan. China avisa: “quem brinca com o fogo, queima-se”

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gageskidmore / Flickr

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

A Marinha dos Estados Unidos enviou na quarta-feira um contratorpedeiro para o estreito de Taiwan. Esta foi a primeira vez que um navio de guerra atravessou o canal sob a administração de Joe Biden. A ação é vista por Pequim como uma provocação que encoraja a independência de Taipé.

A questão da independência de Taiwan foi um dos primeiros grandes desafios de política externa para o Presidente dos EUA Joe Biden, que tomou posse a 20 de janeiro.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949. Contudo, a China considera Taiwan como território sob a sua soberania e opõe-se a qualquer tipo de interação oficial entre outros países e a ilha.

Assim, o envio do “destroyer” norte-americano USS John S. McCain, com porto no Japão, para o estreito de Taiwan é, para Pequim, uma provocação a favor da independência de Taipé, avança a RTP.

No entanto, o tenente Joe Keiley, porta-voz da 7.ª Frota da Marinha dos EUA, defendeu, que o contratorpedeiro estava apenas a fazer a sua rota de rotina de acordo com a lei internacional.

“A passagem do navio pelo estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos EUA com um Indo-Pacífico livre e aberto. Os militares dos Estados Unidos continuarão a voar, navegar e a operar em qualquer lugar que a lei internacional permita”, defendeu Keiley em comunicado.

A última travessia do contratorpedeiro por esta região ocorreu na véspera de Ano Novo, ainda com Donald Trump na Casa Branca, quando o “destroyer” McCain passou, juntamente com o contratorpedeiro USS Curtis Wilbur, pelo estreito de Taiwan.

Já no primeiro fim-de-semana da presidência de Joe Biden, Taiwan denunciou que 13 aviões chineses atravessaram a Zona de Identificação da Defesa Aérea de Taiwan (ADIZ), o maior número num único dia até este ano.

Dias depois dos 13 aviões terem sobrevoado o estreito da Formosa e de Joe Biden ter sido empossado como 46.º Presidente dos Estados Unidos, a China advertiu que a “independência de Taiwan significa guerra”.

“Às forças independentistas de Taiwan deixamos esta séria mensagem: quem brinca com o fogo queima-se e a independência de Taiwan significa guerra”, disse, na altura, o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian.

“O Exército de Libertação Popular tomará todas as medidas necessárias para esmagar qualquer tentativa de independência de Taiwan e defenderá firmemente a soberania e a integridade territorial da China”, acrescentou.

Durante a Administração de Donald Trump, os EUA demonstraram um forte compromisso com a defesa de Taiwan ao aprovar a venda de equipamentos militares sofisticados para Taipé.

As declarações recentes da Administração Biden sugerem que este compromisso não será esquecido.

ZAP //

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1 Comment

  1. E assim começam as tropas Americanas a ser mobilizadas para conflitos, em linha com o que aconteceu nas duas admintrações Obama.

    Interessante ver que depois de um período de quatro anos em que o movimento foi inverso, “recolher das tropas”, registamos agora o avanço das mesmas.

    Cada um que tire as suas próprias elações.

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