Uma década da morte de Bin Laden. Presidente dos EUA homenageia forças especiais responsáveis pelo ataque

Brendan Smialowski / AFP

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, elogiou a “coragem e habilidade” das forças especiais norte-americanas responsáveis pelo ataque que levou ao assassinato de Osama bin Laden, ao assinalar o 10.º aniversário da morte do ex-líder da Al-Qaeda.

Bin Laden foi morto por uma equipa da Marinha dos EUA, num complexo secreto em Abbottabad, no Paquistão, a 02 de maio de 2011. Biden, que na época era vice-Presidente, estava na Casa Branca a observar as forças especiais a realizar a operação, juntamente com o Presidente da época, Barack Obama, lembrou o Independent.

No domingo, Biden elogiou “os militares que executaram a operação, com grande risco pessoal”. “Passaram-se quase 10 anos desde que o nosso país foi atacado, a 11 de setembro, e fomos à guerra no Afeganistão, perseguindo a Al-Qaeda e os seus líderes”, notou. “Seguimos Bin Laden até os portões do inferno – e apanhamo-lo”, frisou.

Enaltecendo Obama, o atual Presidente afirmou que a Administração norte-americana “manteve a promessa a todos aqueles que perderam os seus entes queridos no 11 de setembro” e que os EUA “nunca vacilarão” no seu compromisso “de prevenir outro ataque à pátria”, mantendo “o povo seguro”.

O 10.º aniversário ocorreu um dia após as forças dos EUA começaram formalmente a retirar-se do Afeganistão. Esta data de início para a retirada norte-americana segue um antigo acordo entre as forças afegãs, talibãs e a Administração de Donald Trump.

Até 11 de setembro – dia em que se assinala o 20.º aniversário dos ataques terroristas que levaram os EUA a combater grupos terroristas no Afeganistão e no Iraque – as forças norte-americanas e da NATO terão deixado o país.

Obama, que supervisionou o ataque a Bin Laden, escreveu no seu livro de memórias, publicado em 2020, que nem todos concordaram com a operação, incluindo Biden. “Joe [Biden] também se opôs, argumentando que dadas as enormes consequências do fracasso, eu deveria adiar qualquer decisão até que a equipa de inteligência estivesse mais certa de que Bin Laden estava no complexo”, escreveu.

“Apreciei a disposição de Joe em contrariar o clima predominante e fazer perguntas difíceis, muitas vezes no interesse de me dar o espaço de que eu precisava para minhas próprias deliberações internas”, acrescentou.

Taísa Pagno //

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