Berardo avança contra bancos e pede indemnização de 900 milhões

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Manuel de Almeida / Lusa

Joe Berardo

Joe Berardo pede 800 milhões de euros de indemnização por perdas impostas à Fundação Berardo e mais 100 milhões por danos morais.

O Diário de Notícias avança que o empresário Joe Berardo avançou com uma ação em tribunal contra os bancos Millennium BCP, Caixa Geral de Depósitos, BES e Novo Banco, acusando as instituições financeiras de terem lesado a Fundação Berardo e a sua gestora Metalgest.

Ao todo, pede uma indemnização de 900 milhões de euros: 800 milhões de indemnização por perdas impostas à Fundação Berardo e 100 milhões por danos morais.

A ação já foi registada no portal Citius. Na queixa, Berardo diz ter sido enganado pelos bancos, nomeadamente “acerca das circunstâncias relativas à situação interna dos bancos – especialmente o BCP – e do sistema financeiro português, em que a Fundação contraiu empréstimos para a aquisição de participação qualificada no BCP”.

“Em 2006, o Presidente do Conselho de Administração da FJB e da Metalgest, o Comendador José Berardo, foi convidado por vários membros do Conselho de Administração Executivo do BCP, entre os quais o Presidente do Conselho de Administração Executivo, Dr. Paulo Teixeira Pinto, e os Vice-Presidentes Dr. Filipe Pinhal e Dr. Alípio Dias, a tomar uma posição acionista relevante no BCP, reforçando as participações da FJB e da MTG, com financiamento das aquisições a 100% pelo BCP, garantido apenas com penhor das próprias ações BCP”, lê-se.

“Esses referidos administradores frisavam a enorme solidez financeira do BCP e que o mesmo tinha condições para reforçar a sua posição de liderança no sistema financeiro português, não só por crescimento orgânico, como também por incorporação de outras instituições financeiras, em termos tais que passaria a ser indiscutível a sua primazia destacada entre todas as instituições de crédito a operar em Portugal”, acrescenta ainda a queixa.

O empresário lamenta que “essa aparência, propalada como realidade, veio a revelar-se uma das mais trágicas falácias em que foram enganados os investidores e, presume-se, as autoridades de supervisão, com graves consequências dessa falsa informação prestada ao mercado e aos clientes, quer para estes últimos, quer, como é hoje público e notório, para todos os contribuintes”.

Berardo também culpa os bancos por terem deixado que as ações empenhadas como garantia dos empréstimos tenham perdido valor.

ZAP //

17 Comments

    • Ele deixou ao País uma fundação com milhares de quadros valiosos.
      E tu o que é que deixas?
      O único período da sua vida em que perdeu dinheiro, foi quando confiou nos Bancos.
      Ainda não percebeste que os Bancos o convidaram a comprar acções que nada valiam? Foi bem enganado.

      • Fernando,
        Não podia estar mais de acordo consigo, neste País de invejosos existe um ódio enorme ao Capital e a pessoas que criam.
        O Sr. Berardo é um criador e um visionário.
        Os Bancos e os seus administradores são sempre protegidos e nunca responsabilizados por nada.

      • Isto só pode ser para rir…
        Um criador e um visionário!!! E já agora um testa de ferro…
        É cada um que para aqui anda…
        Tem andado por cá nas últimas décadas?! Acordado?!!!

      • Ironia, só pode…
        O bandido deixou pelo menos mil milhões de euros de dívidas e espero que se junte ao Rendeiro em breve!…

  1. Tem toda a razão. O Berardo foi enganado pelos bancos. Se houvesse justiça, não eram 900 era o triplo. Ainda lhe hão-de fazer uma estátua.

  2. Ele foi enganado pelos gestores do BCP e CGD. Era uma guerra pra fazer subir o BCP. Agora de onde deveriam sair os 900 milhões era do bolso dos gestores. Mas a teia está de tal modo urdida que ninguém lhes chega Todos eles estão liados è mesma máfia. todos sabem muito e defendem-se uns aos outros

  3. Só em Portugal. Bandidos a sentirem-se lesados por serem apanhados a roubar. Já o Sócrates apresenta queixa dos juízes que querem aplicar a lei sobre os seus esquemas. E ainda casos de bandidos a apresentarem queixa conta as vitimas, quando estas ao resistirem causam lesões aos mesmos.
    Porra para a democracia portuguesa, mas também não quero a ordem do Putin.

  4. Este país está-se a transformar numa comédia em que já ninguém leva nada a sério! Eu até acredito que ele até poderá ter alguma razão, porque haver “responsáveis” bancários que entregam milhões de euros nas mãos de certos indivíduos sem qualquer garantia, também eles aí já não estarão de boa-fé no negócio! Esta maralha deveriam estar todos atrás das grades, mas está comprovado que isto por cá passou a ser o paraíso dos fora da lei!

  5. Também a mim, no final da década de 90, me quiseram emprestar dinheiro para comprar acções do banco em que era cliente.
    .
    E também insistiam que era um grande negócio!!
    .
    Felizmente não me deixei levar pela ganância, nem pela conversa maviosa dos ‘balconeros’.

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