Benfica 1-0 Portimonense | Águia bate recorde de desperdício

António Cotrim / Lusa

O Benfica regressou às vitórias na Liga bwin, mas a tarefa não foi fácil. Na recepção ao Portimonense, os “encarnados” ganharam por 1-0, um golo apontado por João Mário de penálti, numa partida que ficou marcada pelo desperdício.

É certo que a exibição de Kosuke Nakamura, que bateu o recorde de defesas no campeonato, também ajudou a um resultado tão magro.

Mas a verdade é que os lisboetas também fixaram o máximo de Expected Goals (xG) desperdiçados por uma equipa num jogo deste campeonato, nada menos que 4,2. A inspiração do nipónico não explica tudo.

Sem duas das suas principais peças, Rafa Silva e Enzo Fernández, ainda assim o Benfica pegou rapidamente no jogo, com pressão em zonas muito adiantadas, sem deixar o Portimonense respirar e a trocar a bola bem dentro do meio-campo contrário.

O primeiro golo surgiu cedo, aos nove minutos, numa grande penalidade convertida por João Mário a castigar falta de Kosuke Nakamura sobre Gonçalo Ramos.

Pouco depois foi Gustavo Klismahn a carregar Alexander Bah na grande área, mas Fredrik Aursnes, chamado a bater o penálti, viu Nakamura defender. E logo a seguir, António Silva cabeceou à barra.

A “águia” continuou a mandar na partida, criou um excelente lance colectivo aos 26 minutos, com Nakamura a negar o golo a João Mário, e nos descontos o guardião nipónico fez o mesmo a Florentino.

Só dava Benfica, que chegou ao descanso com 12 remates, cinco à baliza e uns incríveis 3,7 Expected Goals (xG).

O melhor ao descanso era Gonçalo Ramos, com um GoalPoint Rating de 6.5, graças ao máximo de remates (4), mais uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura, sete acções com bola na área algarvia (máximo) e um penálti sofrido. A ocasião flagrante falhada afectava-lhe a nota.

Pouco mudou no segundo tempo e, em cima dos 60 minutos, Gonçalo Ramos perdeu mais uma excelente ocasião, cabeceando ao lado.

As ocasiões continuavam a suceder-se, com Nakamura a mostrar-se uma barreira intransponível, e aos 76 minutos, Aursnes atirou ao ferro.

Nesta fase os “encarnados” tinham já 22 remates, dez enquadrados, contra apenas um disparo, sem direcção, dos visitantes.

As “águias” mostravam uma grande facilidade na circulação de bola, mas ainda se nota alguma lentidão de movimentos em alguns jogadores, bem como uma ineficácia absoluta no ataque.

O Benfica terminou o jogo com impressionantes 5,2 xG, valor máximo de uma equipa num jogo da Liga bwin e das Ligas Top 5, mas este foi também o encontro em que uma formação apresentou pior eficácia neste aspecto, com o Benfica a desperdiçar 4,2 xG, sendo que apenas 0,79 foram referentes ao penálti falhado.

Melhor em Campo

Noite para mais tarde recordar por parte do japonês Kosuke Nakamura. O guardião do Portimonense fez uma exibição portentosa, fixando nesta 15ª jornada o máximo de defesas numa partida desta Liga.

Foram nada menos que 11, nove a remates na sua grande área, evitando, à sua conta, 3,1 golos (defesas – xSaves), em grande parte porque travou uma grande penalidade. O seu GoalPoint Rating de 9.0 poderia ter sido bem maior, não fosse ter cometido penálti, o tal que deu o 1-0.

Resumo

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