“A indústria do futebol está entre as mais atingidas pelos efeitos da pandemia”, que provocou a suspensão de praticamente todas as provas futebolísticas, destaca o Belenenses SAD.
O Belenenses SAD, da I Liga de futebol, entrou parcialmente em lay-off, devido à pandemia da covid-19, tendo “em vista a salvaguarda dos postos de trabalho e do tecido empresarial”, anunciou a formação lisboeta em comunicado.
O atual 13.º classificado da I Liga expressou, na nota, que “a indústria do futebol está entre as mais atingidas pelos efeitos da pandemia”, que provocou a suspensão de praticamente todas as provas futebolísticas a nível global.
“Os apoios públicos para empresas e trabalhadores por causa da pandemia do coronavírus têm em vista a salvaguarda dos postos de trabalho e do tecido empresarial, e foram criados para serem usados. O lay-off permite que os trabalhadores da Belenenses SAD beneficiem desses apoios”, explicou a sociedade presidida por Rui Pedro Soares.
O Belenenses SAD concluiu o comunicado frisando que, “quando as entidades públicas permitirem, o futebol regressará, e a Belenenses SAD regressará também”. Esta é a primeira formação da I Liga portuguesa de futebol a avançar com o lay-off, regime criado pelo Governo para auxiliar empresas no combate à crise gerada pela pandemia.
Em 27 de março, Rui Pedro Soares realçou, em videoconferência de imprensa, que era “prematuro” falar da estabilidade financeira dos clubes de futebol portugueses, mas explicou, com dados do Belenenses SAD, como 72% dos custos decorrerem de salários, o impacto financeiro que esta paragem provocará no futebol.
“Dependemos de algumas receitas. As receitas televisivas são 50% das receitas previsíveis numa época, mais as receitas de bilheteira e outro tipo de receitas, inclusive, venda de direitos de jogadores. As receitas que considerávamos certas, neste momento temos de as considerar como uma dúvida”, contou.
Rui Pedro Soares tinha alertado ainda para as “necessidades de financiamento” dos clubes, como a antecipação das receitas televisivas, que “não é possível” acontecer.
“Vamos ter problemas de tesouraria nesta indústria, do ponto de vista global, mas não conseguimos antecipar a intensidade e como vamos responder. Quando for possível, com certeza que, um dia, o futebol vai regressar”, assegurou.
ZAP // Lusa