/

Bebés nascidos em 2016 ainda têm vestígios de radiação nuclear

2

Wikimedia

Hiroshima, logo após o lançamento da bomba atómica em 1945

Hiroshima, logo após o lançamento da bomba atómica em 1945

Cientistas americanos detetaram vestígios de radiação no ADN de bebés nascidos em 2016, resultantes de explosões nucleares ocorridas há mais de 70 anos.

De acordo com um estudo, publicado no Neurobiology of Aging, as explosões nucleares como as que ocorreram em Hiroshima e Nagasaki produziram substâncias radioativas raras na natureza, como o carbono-14, que entram na nossa cadeia alimentar e ficam ligadas às células do nosso corpo, por mais bem cuidado que seja.

Isto significa que todos os sobreviventes destes ataques, tal como todos os que nasceram depois, carregam nos corpos restos radioativos da era nuclear.

A situação não é motivo para pânico, pelo contrário: tanto quanto se sabe, o carbono-14 é inofensivo, e a presença da substância no nosso corpo pode até ajudar a ciência – por exemplo, a prever o progresso de um cancro ou aumentar a compreensão da medicina sobre obesidade e diabetes.

Isto acontece porque cada nova célula do nosso corpo tem um pouco menos de carbono-14 do que a anterior, um declínio totalmente previsível que tem ajudado os cientistas a determinar a idade de uma célula individual.

Estima-se que os vestígios de radiação deixem o nosso planeta, e os nossos corpos, em 2050.

Com isto, a medicina perde uma oportunidade de avançar em pesquisas que utilizem o método, mas nós ganhamos um corpo sem restos radioativos das atrocidades que ocorreram no século passado.

BZR, ZAP / Hypeness

2 Comments

  1. Carbono 14 como vestígio das explosões nucleares?
    Ai!
    O conhecimento de ciência anda assim tão por baixo?
    O cabono 14 é usado para datar com precisão vestigios orgánicos com centenas de milhares de anos! Existe de forma consistente desde que há atmosfera na Terra, não é preciso ir buscar explosões atómicas!

  2. Não devemos confundir o rigor da ciência com a ignorancia e a fácil adesão aos muitos mitos que prevalecem numa cultura despreocupada com a distinção entre mito e verdade.
    Qualquer elemento radiativo decai progressivamente sem limite temporal.
    A radiação emitida pelo carbono C14 cai progressivamebte para a metade a cada período de 5730 anos.
    É tão simples como isso.
    E já agora convém saber que existem regiões naturais com elevados níveis de radiação bem superiores aos que existem depois de limpas as áreas artifícialmente contaminadas.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.