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Beber água da torneira pode estar associado a QI mais baixo em crianças

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Um controverso estudo sugere uma associação entre beber água da torneira e o QI mais baixo em crianças. Isto prende-se com o flúor presente na água canalizada, que é alvo de debate há muito tempo.

A comunidade científica divide-se entre os alegados efeitos nocivos do flúor. Enquanto protege os dentes contra as cáries, a ingestão em excesso pode contribuir para problemas de saúde, segundo especialistas. Imunidade baixa e aumento do risco de cancro são algumas das supostas consequências.

Agora, um novo estudo alega ter encontrado uma associação entre o consumo de flúor e o QI. De acordo com o grupo de investigadores canadianos, a exposição ao flúor durante a gravidez leva a que os filhos tenham um QI mais baixo. Outros membros da comunidade científica criticaram a investigação, defendendo que os resultados são “fracos” e “insignificativos”.

O estudo foi publicado esta segunda-feira na revista científica JAMA Pediatrics. Para chegarem a esta conclusão, os cientistas analisaram os níveis de flúor da urina de 500 mães durante a gravidez e do alegado consumo de água da torneira. O QI das crianças foi medido quando elas tinham entre três e quatro anos.

Desta forma, os investigadores concluíram que o mero aumento de 1 miligrama por litro do fluoreto urinário durante a gravidez poderia estar associado a uma perda de 4.5 pontos no QI da criança. Esta associação só foi vista em rapazes e não em raparigas. Ao medir apenas a quantidade de alegado consumo de água da torneira, a perda é de 3.7 pontos em ambos os sexos.

“Na primeira análise, há apenas um resultado estatisticamente significativo se eles dividirem a amostra em meninos e meninas: o efeito só existe em meninos“, disse Stuart Ritchie, um dos cientistas que critica o estudo canadiano. “Na segunda, há um efeito geral, mas não é mais forte em meninos do que em meninas. Portanto, esses dois resultados são inconsistentes“, concluiu.

De acordo com o New Atlas, as outras críticas baseiam-se no facto de o estudo fazer uma associação precipitada entre os níveis maternos de flúor e os resultados de QI em crianças, registados vários anos depois.

“Para mim, a grande lacuna é a gama de exposição a várias substâncias, incluindo o chumbo, que as crianças teriam entre o nascimento e o teste de QI, aos três ou quatro anos de idade”, disse Alastair Hay, toxicologista ambiental da Universidade de Leeds.

O editor da revista científica realçou que publicar este artigo não foi uma decisão fácil. “Dada a natureza das descobertas e as suas possíveis implicações, submetemos o artigo a um escrutínio adicional pelos seus métodos e pela apresentação das descobertas”, justificou Dimitri Christakis, numa nota publicada juntamente com o artigo.

ZAP //

12 Comments

  1. Mais uma em que os “teóricos da conspiração” acertaram!…
    Descansem porque em Portugal não colocam flúor na água canalizada.
    Fluoreto de sódio = veneno
    Nem deviam por isso na boca das crianças, correm perigo de vida, é só lerem o aviso que vem nas embalagens. no entanto está presente na maioria das pastas de dentes comerciais…
    Qualquer dia preparem-se para a verdade sobre as vacinas. Essa vai ser mais difícil de aceitar…

    • A “verdade sobre as vacinas” é que a ignorância e a estupidez, amplificadas pelos megafones das redes sociais, das noticias falsas e dos comentários esquizofrénicos, lançaram uma moda insidiosa que está a atirar a medicina 40 anos para trás no combate às enfermidades e a ressuscitar doenças que tinham sido erradicadas – num caminho cujo destino é lançar de novo a Humanidade na idade das trevas. Não, obrigado!
      Como sou liberal e acredito em Darwin, espero que a legislação te permita que deixes morrer os teus filhos com sarampo.
      Mas exijo que a mesma legislação te proíba de levares os teus filhos pustulentos para a escola dos meus.

      • FSC voce nao tem nocao nenhuma dos numeros. A agua canalizada e esgotos e responsavel por decrescimo da mortalidade em 75%. As vacinas em 4%.
        Já os efeitos nefastos do aluminio nas vacinas é algo q está a vista

        • Joaquim, você não tem noção nenhuma das letras. Eu por acaso escrevi alguma coisa acerca da agua canalizada?
          Pronunciei-me estritamente acerca da “verdade sobre as vacinas”. Já só estou à espera a seguir que venha a “verdade sobre a penicilina”, que também deve estar à vista de todos. A única coisa que não está à vista de ninguém são as alterações climáticas.

      • Tenha também em atenção na sua avaliação acerca dos progressos da medicina o caso dos antibióticos, vastatinas entre outros medicamentos e o avanço do cancro e respectivo aumento de agressividade do mesmo. portanto não dê como absoluto o beneficio das vacinas não venham a ser os seus vacinados a serem interditados de entrar numa escola por o seu estado de saúde ser nocivo para toda a comunidade. o que o ser humano pensa muito saber acerca de tudo é pouco mais que nada, de tal maneira que quanto mais se avança mais vão sendo as dúvidas isto porque por detrás de cada barreira que se transpõe novos obstáculos vão surgindo.

        • Eu por acaso acho que isso de “só sei que nada sei” é filosofia. E “quanto mais sei, menos sei”, filosofia quântica.

    • Não perca tempo a comentar.
      A carneirada não quer que a acordem do sono.
      Não adianta: quem procura encontra e quem quer dormir que durma.

      Mas não deixo de achar piada a comentários como este:
      “Como sou liberal e acredito em Darwin espero que a legislação te permita que deixes morrer os teus filhos com sarampo.”

      “- Calidad!”
      E muita classe…

      • Não, estás enganado. Eu não tenho calidad nem classe nenhuma, estou apenas a defender a vida dos meus filhos.
        Se tivesse classe e calidad, chamava carneiro a quem discorda de mim.

  2. Já agora; qual é a verdade sobre as vacinas?

    Entre o lado positivo que conhecemos, qual é o lado negativo que podemos não aceitar tão bem?

  3. Gostaria de saber dois aspectos que esta notícia não refere:
    1) Qual o valor do erro da amostra e qual o tamanho população mostrada?
    2) Quem é financiou esta investigação? Será que foram empresas que engarrafam água?; Será que foram empresas que produzem e comercializam aparelhos para desinfetar água?
    Gostaria também de referir que em Portugal, na grande maioria dos casos a água da torneira é de boa qualidade e, para aquele que se autointitulam de ecologistas, relembro que grande parte da água engarrafada é feito com embalagens de plástico não reciclável (só as tampas dessas embalagens contêm plástico que pode ser reciclado)

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