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Bebé sem rosto: irregularidades nas requisições das ecografias

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A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo concluiu que as requisições do SNS utilizadas na Ecosado, onde foi feita a ecografia ao bebé sem rosto, foram faturadas por outra clínica.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) informou esta sexta-feira, em comunicado, que o processo de inquérito ao caso do bebé Rodrigo revelou fortes indícios de utilização irregular das requisições de exames ecográficos na clínica Ecosado, a mesma clínica onde foi examinada a mãe do bebé que nasceu com malformações graves.

De acordo com o comunicado, citado pelo Observador, existem “fortes indícios de utilização irregular das requisições de exames ecográficos por parte da clínica Ecosado, que recebeu as requisições não tendo qualquer convenção com a ARSLVT, e da já referida segunda clínica, que faturou as requisições ao SNS sem ter prestado o correspondente serviço”.

A Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo sublinhou que “a clínica Ecosado não tem qualquer convenção relativa a este exame ou quaisquer outros com a ARSLVT”. O que aconteceu foi que “as requisições do SNS utilizadas na Ecosado foram faturadas por outra clínica, conferidas através dos SPMS – Centro de Controlo e Monitorização do SNS e pagas pela ARSLVT a essa segunda entidade”.

“Na sequência destas conclusões e no seguimento da informação enviada a 28/Out, a ARSLVT já participou as respetivas conclusões ao Ministério Público”, adianta ainda o comunicado.

Além disso, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo adianta que “vai promover a cessação da convenção existente com a segunda clínica envolvida”, que não é identificada no comunicado.

A ARSLVT diz-se “disponível para colaborar com as entidades policiais e judiciais, estando igualmente empenhada para, em conjunto com as entidades envolvidas no regime de convenções, promover o reforço do acompanhamento das unidades convencionadas e do acesso a exames de qualidade”.

O Ministério Público abriu um inquérito crime para investigar o caso do bebé sem rosto. Segundo a SIC Notícias, cerca de duas dezenas de pais, acompanhados na clínica Ecosado, estão preocupados com as ecografias realizadas neste estabelecimento de saúde, tendo pedido ajuda e aconselhamento à Ordem dos Médicos.

ZAP //

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3 Comments

  1. Não era suposto o estado gerir e bem o SNS? Mais uma vez se constata a incompetência do estado na gestão do dinheiro dos impostos cobrados aos contribuintes.

  2. A prática da medicina só deixará de ser um estado dentro do Estado quando a tutela tiver … para retirar a cédula profissional aos “mercenários” (com o devido respeito para os genuínos).

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