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BCE manterá a política de estímulos até que a inflação estabilize em 2%

Marcello Casal Jr. / ABr

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde

O Banco Central Europeu (BCE) publicou esta quinta-feira a nova linha de orientação de políticas que vai seguir, incluindo as alterações aprovadas na revisão estratégica concluída a 08 de julho.

Como noticiou o Expresso, a principal mudança na orientação é o compromisso de “manter uma orientação persistentemente acomodatícia da política monetária no sentido de cumprir o seu objetivo de inflação”, que subiu para 2% admitindo variações simétricas temporárias.

A nova orientação destaca que o quadro atual de taxas do BCE se manterá até que “a inflação chegue aos 2% bem antes do final do seu horizonte de projeção e de forma duradoura para o resto do horizonte de projeção”.

Agora, na monitorização da inflação, o BCE definiu que o andamento da inflação subjacente passa a ser outro critério da orientação. Para o banco central, as mexidas na política de taxas só devem acontecer quando “o progresso realizado na inflação subjacente está suficientemente avançado para ser consistente com a inflação em 2% no médio prazo”.

A “persistência da política acomodatícia” poderá implicar “um período transitório em que a inflação esteja moderadamente acima do objetivo”, ou seja, de 2%. Esta admissão de que isso pode acontecer temporariamente é o quarto ponto da nova orientação.

Quer isso dizer que, mesmo que venha a ocorrer um período em que a inflação esteja “moderadamente” acima de 2%, o BCE não aperta a política de juros.

Sobre as projeções no horizonte das previsões publicadas pelo BCE, a inflação anual em 2023 ainda estará em 1,4%.

ZAP //

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