Bateria revolucionária poupa no lítio (e na carteira)

Graças à inteligência artificial (IA) foi possível desenvolver um novo material que para construir uma bateria – que utiliza até 70% menos lítio. É uma alternativa mais barata e amiga do ambiente.

Um grupo de engenheiros liderados por Nathan Baker da Microsoft recorreu à IA para desenvolver baterias menos dependentes do lítio.

As baterias de iões de lítio são essenciais em dispositivos do quotidiano, em carros elétricos e no armazenamento de energia renovável. No entanto, a sua dependência apresenta desafios significativos – tanto monetários como ambientais.

A bateria que é sugerida no estudo pré-publicado na última segunda-feira na arXiv utiliza até 70% menos lítio do que as baterias normais.

As preocupações dos investigadores, com esta tecnologia, são reduzir custo e o impacto ambiental associados à mineração de lítio.

O foco da pesquisa foi encontrar em tipos de baterias que contêm apenas partes sólidas, num processo onde a IA foi crucial.

Começando com mais de 23,6 milhões de potenciais materiais, aplicaram um algoritmo de IA para reduzir a lista a algumas centenas de candidatos estáveis com reações químicas fortes para operação da bateria. Este processo, que normalmente levaria anos, foi concluído em apenas alguns meses.

Como conta a New Scientist, a equipa de investigação colaborou com especialistas do Pacific Northwest National Laboratory (EUA), para refinar ainda mais a seleção.

O material escolhido – que substituiu metade dos átomos de lítio por sódio – representa uma abordagem revolucionária no design de baterias, e, no espaço de nove meses, os engenheiros conseguiram desenvolver uma bateria funcional com este material.

Embora com menor condutividade do que protótipos semelhantes (que usam mais lítio), este processo marcou um avanço verdadeiramente significativo na tecnologia de baterias mais sustentáveis e eficientes.

ZAP //

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