A decisão de Barty foi mesmo surpreendente? Talvez não

Julien de Rosa / EPA

Ashleigh Barty deixou de jogar ténis, aos 25 anos. Mas já tinha avisado que a sua prioridade não era o ténis.

Ashleigh Barty anunciou que não vai voltar a jogar ténis enquanto profissional. A retirada surge quando a australiana liderava – e ainda vai continuar a liderar durante algum tempo – a tabela oficial WTA.

A melhor tenista do mundo admitiu que era um dia “difícil” mas assegurou que estava “muito feliz” e “totalmente pronta” para deixar os campos de ténis: “É uma boa decisão”.

A tri-campeã de torneios Grand Slam, “grata” por tudo que a modalidade lhe ofereceu, sentiu aos 25 anos que este era o momento para se afastar e para “seguir outros sonhos”.

A decisão, anunciada na quarta-feira passada, terá surpreendido todos os adeptos de ténis. Mas a ex-jogadora já teria deixado umas “dicas”.

A rotina de uma, ou de um, tenista de topo passa por se dedicar quase exclusivamente ao ténis, incluindo estar longe de casa durante meses, a disputar torneios em quase todos os continentes.

Numa entrevista recente ao jornal La Gazzetta dello Sport, Ashleigh Barty comentou que, sobretudo por causa da COVID-19, as pessoas passaram a colocar o seu bem-estar em primeiro lugar, quer a nível mental, quer a nível físico.

“Para mim, por exemplo, foi importante ter um período de desapego e não me arrependo nada”, admitiu.

E deixou um comentário que poderia ter sido mais aprofundado: “Ganhei Grand Slams e sou a número 1 do mundo, mas a minha vida não muda. Continuo a ser eu e os títulos não vão me mudar. A minha prioridade é a família, estar com os meus entes queridos. Decidir ficar oito meses longe da Austrália no ano passado foi muito cansativo”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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