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Barba-Negra encalhou o seu navio pirata de propósito (e já se sabe porquê)

O pirata britânico Barba-Negra deliberadamente encalhou o seu navio pirata, Queen Anne’s Revenge, propõe um investigador. A embarcação estaria em péssimas condições.

Edward Teach, mais conhecido como Barba-Negra, é talvez o mais famoso pirata de todos os tempos. Depois de vários saques que lhe foram valendo fortunas, o temível pirata acabaria por morrer em 1718, após ser atacado pela tripulação do então governador da Virgínia, Alexander Spotswood.

Queen Anne’s Revenge era o nome da embarcação comandada por Teach, que, de acordo com um novo estudo publicado recentemente no The International Journal of Nautical Archaeology, estava em muito mau estado. Esta revelação pode explicar o destino do navio, já que o Barba-Negra, ciente de que já não havia nada a fazer, pode deliberadamente tê-lo encalhado.

O arqueólogo marinho Jeremy Borreli analisou várias placas e tiras de chumbo do navio, que foi redescoberto no fundo do mar em 1996, escreve a New Scientist. O investigador concluiu que o chumbo usado parece ser material de reparação com o qual os piratas tapavam buracos no casco do navio.

As 86 peças analisadas mostram que o casco exigiu muito tratamento, embora ainda fosse uma embarcação relativamente jovem, com oito anos. Borreli salienta que ainda se encontrarem mais material, fica praticamente claro que o navio tinha vários problemas estruturais que o podem ter condenado.

Com recursos a textos históricos, o autor do estudo descobriu que o Queen Anne’s Revenge foi danificado duas vezes por navios inimigos, em 1711 e 1712. O desgaste causado por vermes, como teredo, também pode ter contribuído para os danos na embarcação.

Borrelli acredita que o pirata britânico encalhou propositadamente o navio, uma vez que este já não era navegável e daria demasiado trabalho para o reparar.

“Talvez Barba-Negra tenha pensado: este barco já está a deixar entrar água como uma cesta, por isso não tem mal se eu o abandonar”, equaciona o arqueólogo da East Carolina University, Charles Ewen, que não participou no estudo.

ZAP //

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