Bancada dos Super Dragões dava três milhões de euros de prejuízo ao FC Porto por ano

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José Sena Goulão / Lusa

Numa reunião esta segunda-feira, Villas-Boas propôs ainda a implementação de um limite de três mandatos consecutivos para os presidentes do FC Porto.

Na segunda-feira, André Villas-Boas, presidente do FC Porto, revelou durante uma reunião com funcionários do clube que a bancada destinada à claque Super Dragões gerava um prejuízo significativo para o clube estimado entre dois a três milhões de euros por época. A informação, divulgada pelo Correio da Manhã, trouxe à tona a dimensão dos desafios financeiros que a nova administração enfrenta.

Villas-Boas abordou também a grave situação financeira do clube no momento em que assumiu a presidência e confirmou as notícias que davam conta que, após a sua entrada em funções, o FC Porto dispunha de apenas oito mil euros em caixa, distribuídos por várias contas bancárias. Em contrapartida, as dívidas imediatas totalizavam 15 milhões de euros, o que levou a nova direção a recorrer a um empréstimo para evitar o incumprimento das obrigações financeiras.

Outro ponto relevante discutido pelo presidente foi a relação do clube com os intermediários nas transferências de jogadores. Villas-Boas denunciou que “dois ou três empresários controlavam os negócios do clube”, criando uma dependência significativa dessas figuras, que chegavam a fornecer até empréstimos de capital ao FC Porto. Essa situação, segundo ele, comprometeu a autonomia financeira e operacional do clube.

Durante a reunião, André Villas-Boas anunciou ainda a intenção de propor, em assembleia geral, uma limitação dos mandatos presidenciais a um máximo de três, evitando assim lideranças prolongadas como a de Pinto da Costa, que comandou o clube por 42 anos, ao longo de 15 mandatos consecutivos. Esta proposta surge como uma tentativa de renovar a gestão do clube e evitar a concentração prolongada de poder.

Por fim, o presidente do FC Porto fez uma promessa firme aos funcionários: garantiu que “responsabilizará quem a auditoria forense disser que lesou o FC Porto”. Este compromisso reforça a postura de transparência e responsabilização que Villas-Boas pretende implementar na sua gestão, numa tentativa de restaurar a confiança e a estabilidade financeira do clube.

ZAP //

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