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Impostos sobre combustíveis: PS vai “ver e analisar” o que se pode fazer

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Subida de preços inédita em Portugal. Rio exigiu descida dos impostos, Miguel Costa Matos lembra que isso não pode ser feito agora.

Esta segunda-feira foi, tal como se previa, o dia em que se registou a maior subida de sempre no preço dos combustíveis em Portugal.

O litro do gasóleo subiu entre 14 e 16 cêntimos, custando agora à volta de 1.96 euros na generalidade dos principais pontos das gasolineiras. A gasolina subiu 10 cêntimos e, mesmo a simples, já ronda ou ultrapassa mesmo os 2 euros por litro.

Neste domingo, no encerramento do congresso do PSD/Madeira, Rui Rio afirmou que o Governo pode baixar o Imposto sobre Produtos Petrolíferos: “Impõe-se que cumpra isso, que baixe os impostos“.

O presidente do Partido Social Democrata (PSD) acrescentou que o Orçamento do Estado “está a ganhar dinheiro” com o aumento do preço do petróleo – as receitas provenientes do imposto aumentam automaticamente.

No entanto, como ainda estamos em fase de transição de Governo, baixar o Imposto sobre Produtos Petrolíferos “não é uma opção” para já, lembrou Miguel Costa Matos, deputado do Partido Socialista (PS), que classificou o aumento do preço nos combustíveis como “chocante” e que assegurou que o Governo está a “tomar medidas” para travar a subida dos preços

Não baixar o imposto foi “uma opção” do Governo, ao longo do último ano. Mas o cenário pode mudar: “Perante este aumento inédito, baixar os impostos é uma medida que temos que ver e analisar, no início da próxima legislatura. Nesta fase o Governo não tem poder legislativo para fazer essa alteração”, repetiu.

“Todos sabemos que uma descida nos impostos teria impacto para os portugueses”, analisou o deputado, na rádio Observador.

Confrontado com a diferença evidente de preços dos combustíveis entre Portugal e Espanha, Miguel Costa Matos avisou que essa discrepância vai desaparecer: “É uma questão de tempo. A Espanha é uma espécie de caso único na Europa, tem optado por impostos sobre combustíveis muito baixos, mas essa particularidade vai acabar”.

Numa análise global, destaca a empresa XTB, os preços do petróleo subiram quase 10% na última semana. A guerra na Ucrânia fez até o barril de Brent superar os valores máximos de 2008, nos primeiros tempos da crise de então.

A Rússia é responsável por cerca de 7% do fornecimento global de petróleo.

(artigo actualizado às 15h07)

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

2 Comments

  1. Pode e deve!!!
    É baixar a carga fiscal para o nível de Espanha, para aliviar um pouco o preço final e para se perceber como funciona o mercado.

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