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“Baby boomers” mostram um maior declínio cognitivo face às gerações anteriores

Os “baby-boomers” norte-americanos, termo utilizado para descrever pessoas nascidas entre 1935 e 1960, tiveram uma pontuação mais baixa num teste de funcionamento cognitivo do que as gerações anteriores.

De acordo com uma nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica especializada Journals of Gerontology, as pontuações médias de cognição de adultos com 50 ou mais anos têm aumentado de geração em geração, tendo esta tendência começado com a geração mais antiga (1890-1923) e atingindo o pico entre os bebés nascidos durante a guerra (1942-1947).

Os valores de cognição começaram a baixar nos primeiros anos de explosão populacional (1948 e 1953) – o chamado “boom” de natalidade no período pós-guerra – e continuaram a cair nos anos intermédios desta explosão populacional (1954 e 1959).

“É surpreendente ver este declínio no funcionamento cognitivo entre os nascidos no pós-guerra após várias gerações em que foram registadas melhorias nos testes [cognitivos]”, disse o autor principal do estudo, Hui Zheng, professor de sociologia da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, em comunicado citado pelo portal Science Daily.

E continuou: “Mas o que mais me surpreendeu é que este declínio é observador em todos os grupos: homens e mulheres, em todas as raças e etnias e em todos os níveis de educação, rendimentos e riqueza”.

Os resultados mostram que o défice no funcionamento cognitivo entre os “baby boomers” norte-americanos está relacionado com menores níveis de riqueza e maiores níveis de solidão, depressão, inatividade e obesidade e menor probabilidade de casar.

No estudos cognitivos participaram mais de 30 mil “baby-boomers” norte-americanos.

Em declarações ao portal Gizmodo, o autor principal do estudo disse que esta tendência pode continuar a observar-se se não foram levadas a cabo intervenções e políticas.

“O funcionamento cognitivo pode continuar em declínio entre os ‘baby boomers’ se não houver intervenções e respostas políticas efetivas, o que pode causar um aumento substancial da prevalência de demência nas próximas décadas (…) Mas esta não é uma tendência irreversível”, observou.

ZAP //

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