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Autotestes à covid-19 ainda não estão à venda nas farmácias

Ina Fassbender / AFP

As farmácias ainda não estão a vender autotestes à covid-19. Os fabricantes têm de submeter um pedido de aprovação ao Infarmed e, até ao momento, ainda nenhum o fez.

Os autotestes à covid-19, conhecidos como testes rápidos de antigénio, estão a ter muita procura nas farmácias portuguesas. Algumas têm já listas de encomendas para quando for possível a sua venda.

A venda tem um caráter excecional de seis meses e insere-se na Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2. Os testes podem ser “realizados em amostras da área nasal anterior interna, pela sua resposta unitária rápida e pela facilidade de colheita”.

Embora tenham sido prometidos pelo Governo a partir do dia 13 de março, continuam indisponíveis nas farmácias e não há uma previsão de quando possam chegar. Isto porque, escreve o Expresso, os fabricantes dos autotestes têm de submeter um pedido de aprovação ao Infarmed e, até ao momento, ainda nenhum o fez.

O procedimento visa garantir a segurança e a correta utilização das análises, explicou o Infarmed ao semanário. O processo é muito rápido, não demorando mais do que 24 horas.

Depois de concluído este procedimento, a Associação de Farmácias de Portugal (AFP) assegura que em pouco tempo estes testes estarão disponíveis no mercado.

“O Infarmed ainda terá que analisar e avaliar [os testes] para, depois, escolher quais são aqueles que têm mais confiança para depois serem utilizados pelos cidadãos comuns”, explica Manuela Pacheco, presidente da Associação de Farmácias de Portugal, em declarações ao ECO.

“Os fornecedores terão de enviar as características dos seus dispositivos médicos, — neste caso os testes que pretendem que sejam reconhecidos. E, e se eles o fizerem rapidamente, mais rapidamente serão avaliados”, acrescentou.

Além de ser um teste menos evasivo que o PCR, uma das grandes vantagens destes autotestes é o facto de permitir resultados entre 10 a 30 minutos.

Os farmacêuticos terão um “papel essencial” em todo este processo, considera a presidente da AFP, já que devem transmitir aos cidadãos como executar estes testes, como devem recolher a amostra adequadamente, bem como explicar como os cidadãos devem proceder à comunicação dos resultados.

Daniel Costa, ZAP //

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