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Aumento do salário mínimo em Portugal foi dos menores da União Europeia

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Portugal foi dos países da União Europeia com menor aumento do salário mínimo, com uma subida de 3,5% desta remuneração, enquanto Espanha foi o que teve o aumento mais significativo, com uma subida de 20%.

De acordo com um comunicado do Eurofound e do Centro de Estudos para a Intervenção Social (CESI) esta quarta-feira divulgado, Portugal está “no limiar inferior da categoria média que inclui os países da zona euro com uma performance média quanto à evolução do salário mínimo em termos reais (a preços de 2015) entre 2010 e 2019”.

Em 2019, estes países – Portugal, Malta, Espanha, Grécia e Eslovénia – aumentaram o montante do salário mínimo posicionando-se no intervalo de 700 a 1.050 euros (quando convertidos em 12 pagamentos por ano).

Segundo um estudo do Eurofound, que contou com a colaboração do CESI, a Espanha e a Grécia “tiveram aumentos muito significativos em 2019”, respetivamente 22% e 11%, enquanto “Portugal teve apenas um aumento de 3,5%, fazendo parte do subgrupo com menores aumentos”.

O salário mínimo nacional em Portugal passou para os 600 euros mensais em janeiro deste ano, mas a União Europeia considera que esta remuneração é de 700 euros porque divide os 14 pagamentos (com subsídio de férias e de Natal) pelos 12 meses do ano.

De acordo com o mesmo estudo europeu, em 2019 o valor do salário mínimo/hora em Portugal (3,94 euros) fica atrás da Grécia (4,27) e da Espanha (6,09 Euros).

Em termos de deduções obrigatórias, Espanha e Portugal figuram no grupo de países com o nível mais baixo de deduções em relação ao salário mínimo (respetivamente 8,15% e 11%), enquanto a Grécia, com uma dedução de 28%, figura no grupo de países com níveis mais elevados de contribuições obrigatórias.

O estudo da Eurofound conclui, com base nos dados da EU-SILC 2017, que Portugal e a Polónia são os países que se destacam face à média europeia com as mais elevadas percentagens de trabalhadores (acima dos 20%), auferindo o salário mínimo ou salários muito próximos do salário mínimo.

O CESIS, através da socióloga e investigadora Maria da Paz Campos Lima, participou neste estudo, na sua qualidade de membro nacional da Network of Eurofound Correspondents, assegurando a contribuição sobre a situação portuguesa.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Somos os que temos salários mais baixos da UE mas somos o q pagamos mais por eletricidade, gaz e comparando n/ salários c/ outros países da UE pagamentos imensos impostos que não são canalizados p/ o bem do povo mas tão somente p/ as vigarices e ladroagens dos politicos e seus comparsas. Para eles há sempre dinheiro, para a saúde, educação NUNCA há dinheiro.

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