As auditorias aos estádios onde se realizam jogos da I Liga de futebol, motivadas pelos recentes atos de violência e racismo, vão decorrer até março, diz o Ministério da Administração Interna.
As auditorias à segurança dos estádios onde se realizam jogos da I Liga de futebol, motivadas pelos recentes atos de violência e racismo, começam quarta-feira e decorrem até final de março, anunciou hoje o Ministério da Administração Interna (MAI).
Em comunicado, o MAI explica que o “processo, motivado pela crescente preocupação social gerada por atos de violência e racismo cometidos no exterior e dentro dos estádios”, servirá para determinar “as alterações a implementar, de modo a permitir a realização de jogos na próxima época”.
O MAI refere que as auditorias de segurança vão ser realizadas pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e pelas forças de segurança.
O estádio Nacional, em Oeiras, onde joga o Belenenses SAD, e o estádio do Bonfim, utilizado pelo Vitória de Setúbal, serão os primeiros a ser visitados, na quarta-feira, seguindo-se os dois estádios das ilhas, Barreiros, no Funchal, e São Miguel, em Ponta Delgada.
Os recintos dos “três grandes” vão ser visitados em seguida, com a Luz (Benfica) a ser auditada em 3 de março, Alvalade (Sporting) no dia seguinte e o Dragão (FC Porto) em 10 de março.
O último estádio a ser alvo de vistoria será o Municipal de Portimão, ‘casa’ do Portimonense, no dia 27 de março.
O MAI recorda que a realização das auditorias, “visando o rigoroso cumprimento do novo Regime Jurídico da Segurança no Desporto, foi uma das medidas decididas na reunião entre o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, e o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença”, realizada em 27 de janeiro.
Na mesma reunião foram também consensualizadas, segundo o MAI, “medidas adicionais de controlo do acesso do público aos jogos considerados de risco elevado e a entrada em vigor do cartão de adepto, para identificar todos aqueles que queiram assistir aos espetáculos desportivos nas zonas reservadas à exibição de materiais de claque (bandeiras, faixas, material sonoro)”.
// Lusa