Nuno Lopes está a ser investigado nos EUA, depois de ter sido acusado de drogar e violar uma realizadora norte-americana. O actor refuta as acusações e diz que está “de consciência absolutamente tranquila”.
O processo decorre no Tribunal do Distrito Oriental de Nova Iorque, nos EUA, e os factos reportam-se a 2006.
A guionista e realizadora norte-americana Anna Martemucci, profissionalmente conhecida como A.M. Lukas, acusa o actor português de a ter drogado e violado.
Apesar de a alegada violação ter ocorrido há 17 anos, a queixa só foi apresentada nesta segunda-feira, 20 de Novembro, três dias antes de se esgotar o prazo legal para o poder fazer.
O actor diz que está “de consciência absolutamente tranquila” e refuta “todas as acusações”, notando que espera que o caso seja “prontamente esclarecido e julgado justamente pelas autoridades competentes”.
“Nunca terei medo de agir judicialmente contra qualquer pessoa que tente difamar o meu bom nome“, alerta também Nuno Lopes numa nota divulgada pela sua agência de representação, a Artist Global Management.
“Jamais drogaria alguém e me aproveitaria de pessoa incapacitada”
Nuno Lopes relata, nessa mesma nota, que foi “veementemente instruído” pelos seus advogados americanos a abster-se “de revelar todos e quaisquer detalhes sobre o processo”, mas explica que as alegações reportam-se ao tempo em que “era estudante de representação” em Nova Iorque.
O actor sublinha que recebeu “com surpresa e choque uma carta vinda dos Estados Unidos por parte dos advogados de A. M. Lukas”, a acusá-lo de “a ter drogado e violado há 17 anos”. Sugeriam-lhe que “propusesse uma quantia monetária para este caso acabar” e queriam ainda “um pedido de desculpas”, acrescenta Nuno Lopes.
“Rejeitei ambos”, realça. “Sou moralmente e eticamente incapaz de cometer os actos de que me acusam”, assegura também. “Jamais drogaria alguém e jamais me aproveitaria de uma pessoa incapacitada, quer por excesso de álcool ou por influência de quaisquer outras substâncias. Nem hoje nem há 17 anos”, nota ainda.
Nuno Lopes revela que tem “respeito e solidariedade por todas as vítimas de qualquer tipo de violência”. E mostra-se “ciente das consequências gravíssimas que este caso representa”, nomeadamente em termos da sua “reputação” pessoal e profissional.
O que diz a queixa contra Nuno Lopes
A alegada violação terá ocorrido em Nova Iorque, nos EUA, em 2006, depois de um evento realizado no âmbito do Festival de Cinema de Tribeca. Nesse ano, o filme português “Alice”, protagonizado por Nuno Lopes, esteve em competição naquele Festival.
A queixa da guionista indica que o actor terá colocado droga numa bebida consumida pela realizadora que a deixou inconsciente. A violação terá ocorrido no apartamento onde Nuno Lopes vivia, para onde o actor a terá levado.
Após a fatídica noite, a realizadora alega que o actor confirmou que a viu inconsciente, no chão do apartamento, e que, numa conversa telefónica, lhe disse que fez sexo com ela sem preservativo.
Após o acto sexual, A.M. Lukas tomou medicação contra a infecção por VIH, fez o chamado “exame de violação” e apresentou queixa na polícia.
Desde aí, “a sua vida mudou para sempre”, notam os advogados na queixa, frisando que o episódio influenciou as suas relações “tanto platónicas quanto sexuais”.
Além disso, alegam que sofre de stress pós-traumático, que foi diagnosticada com doença bipolar e que pensou por diversas vezes em suicídio.
Hahahaaaa… 17 anos depois?!