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A atmosfera da Europa tem mais iodo-131 e ninguém sabe porquê

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Soichiro Mihara / Flickr

Medição de radioactividade na estrada entre Namie e Naraha, na região de Fukushima

Medição de radioactividade na estrada entre Namie e Naraha, na região de Fukushima

Um aumento inexplicável nos níveis de radiação tem sido detectado por estações de monitorização ao longo de todo o norte e oeste europeu. Embora a situação ainda não represente um grande risco para os humanos, as autoridades nacionais estão a esforçar-se por entender o que pode estar a acontecer.

Segundoalguns especialistas, o fenómeno é um indício de uma provável fuga nuclear em alguma instalação industrial do continente.

Em janeiro, estações meteorológicas da Noruega detectaram a presença de iodo I-131,  isótopo radioactivo que é um subproduto da energia nuclear e de certos processos médicos. Embora seja perigoso para o organismo, as autoridades norueguesas consideraram que os níveis não eram suficientemente altos que justificassem um alerta.

Pouco depois do caso norueguês, a Finlândia, Polónia, Alemanha, República Checa, França e Espanha também relataram ter detectado a substância. No entanto, o valor mais elevado, registado em França, era cem vezes menor do que o mínimo considerado para um alarme.

De acordo com Astrid Liland, directora da Autoridade Norueguesa de Protecção da Radiação, embora minúscula, a radiação está a espalhar-se, e as autoridades europeias acreditam que a sua origem está localizada algures na Finlândia, Suécia ou Rússia.

“Uma vez que apenas foi encontrado iodo-131, e mais nenhuma outra substância radioactiva, pensamos que poderá estar ligado a alguma empresa farmacêutica que produza drogas radioativas”, disse Liland ao Motherboard.

“O iodo-131 é usado para o tratamento de cancro“, explicou a responsável.

Apesar dos registos e da desconfiança dos especialistas, ninguém assumiu até agora a responsabilidade por qualquer fuga radioactiva.

5 Comments

    • Eu ia dizer precisamente isso e tenho chamado a atenção para a atmosfera esquisita que nos últimos dias tem estado em Portugal mas as pessoas acham tudo muito normal e que se trata apenas de céu enevoado. Nunca me lembro de ver o por de sol e o sol assim com este branco acinzentado.

  1. Eu olharia para França, principalmente para a central nuclear mais antiga deles, a de Fessenheim na fronteira com a Alemanha que já ultrapassou a “idade da reforma” e continua a operar com equipamentos de 1977 numa zona de inundações e sísmica!! Aproveitem também para testar a água do Rio Reno que há cerca de um ano está contaminada, com a população apenas a saber que a água que sai das torneiras não é própria para consumo. Ah! já quase me esquecia do aumento em cerca de 5% dos casos de cancros como o da mama e da leucemia nas proximidades das centrais nucleares… É impressionante como ainda existem fabriquetas explosivas a operar, quando a capacidade de produção de energias “limpas” é muito superior.

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