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Atirador de Liège matou outro homem na noite anterior

Julien Warnand / EPA

O ministro belga do Interior confirmou, esta quarta-feira, que o autor do tiroteio em Liége, no qual morreram dois polícias e um civil, “matou um homem na noite anterior”.

Em entrevista à rádio Bel-RTL, Jan Jambon adiantou que o atacante é também responsável pela morte de Michaël Wilmet, um toxicodependente cujo cadáver foi encontrado na terça-feira de manhã na sua residência em On, na província do Luxemburgo.

“O motivo da morte ainda não é claro”, segundo o ministro, acrescentando que pode ter a ver com radicalização ou estar relacionado com drogas. Wilmet estava registado na polícia por crime de tráfico de drogas e esteve sob vigilância durante dois anos.

O ministro da Justiça, Koen Geens, confirmou esta terça-feira que Herman, de 36 anos, tinha saído da prisão no dia anterior, onde cumpria pena por delitos menores.

De acordo com os jornais belgas, citados pelo Observador, Wilmet terá sido atacado e morto com recurso a um martelo. A arma do crime foi encontrada no carro que o atacante usou pouco antes do ataque. A imprensa avança ainda que os dois estiveram envolvidos num assalto a uma ourivesaria e que a intenção de Wilmet seria mesmo matar o seu cúmplice.

Esta quarta-feira, o procurador Wenke Roggen confirmou que Herman gritou várias vezes a frase em árabe “Allahu akbar” (“Alá é grande”) durante o tiroteio antes de ser abatido, um dos factos que aponta para um ataque terrorista.

Por outro lado, apontou, o “modus operandi” corresponde àquele que o autodenominado Estado Islâmico recomenda nas suas mensagens de propaganda de vídeo, de ataques com arma branca contra agentes policiais, no intuito de lhes roubar as armas de fogo.

O Ministério Público federal belga classificou os ataques como “assassínios terroristas” e indicou que a investigação agora está centrada em determinar se o agressor atuou sozinho.

O homem, que presumivelmente se radicalizou na prisão, atacou com uma arma branca duas agentes da polícia pelas costas, desferindo vários golpes, e desarmou-as, matando-as em seguida.

De seguida, o atacante disparou sobre um jovem de 22 anos que se encontrava no lugar do passageiro numa viatura, tendo depois entrado numa escola secundária onde tomou uma mulher como refém.

O agressor acabou por ser abatido quando saiu da escola a disparar, tendo ainda ferido três polícias, dois dos quais terão alta ainda hoje.

ZAP // Lusa

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