Atirador de Viseu entrega-se, depois de três semanas à solta

O homem que matou uma mulher a tiro, no Palácio do Gelo, em Viseu, no dia 27 de dezembro entregou-se, esta terça-feira, à polícia. Tinha fugido num Audi A4.

No dia 27 de dezembro, um tiroteio à porta do Palácio de Gelo, em Viseu, terminou na morte de uma mulher de 44 anos e no ferimento de outras duas pessoas.

Após lançar o pânico, o atirador pôs-se em fuga num Audi A4 cinzento, mas a polícia nunca o conseguiu apanhar.

Como avançoi o Correio da Manhã (CM) incialmente, o principal suspeito, de entregou-se agora à Polícia Judiciária (PJ).

Fonte da PJ detalhou à agência Lusa que o suspeito de 24 anos, indiciado de um homicídio qualificado na forma consumada e três crimes de homicídio na forma tentada, apresentou-se, com advogado, no final da tarde de terça-feira nas instalações da Diretoria do Centro, em Coimbra.

De acordo com informações dadas por uma fonte policial ao Jornal do Centro, no dia do crime, ter-se-á tratado de um ajuste de contas entre duas famílias, uma das quais da zona de Viseu.

O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, adiantou aos jornalistas que as famílias em questão “são famílias de etnia cigana, que já mantêm esta rixa há muito tempo”.

“São famílias que nem vivem em Viseu ou, pelo menos, nem são originárias daqui. Por azar nosso, isto aconteceu aqui no Palácio do Gelo”, lamentou o autarca.

No entanto, fonte da Diretoria do Centro da PJ disse à Lusa que, ao contrário do que tem sido veiculado, o arguido não conhecia as vítimas e não havia “divergências antigas”.

“Surge uma discussão por circunstâncias não apuradas, com os familiares do lado do arguido também a entrarem na discussão. A discussão evoluiu para agressões físicas, de parte a parte, o arguido também se envolve e vai à sua viatura, que estava estacionada junto à entrada [do centro comercial], vai buscar a arma e dispara”, afirmou a mesma fonte.

Na noite do crime, a polícia chegou a parar a VCI, no Porto, junto às Antas. De acordo com o CM, a GNR terá feito uma perseguição de Viseu até ao Porto, acreditando que José Carlos também seguia no veículo. Mas não se confirmou.

De acordo com o CM, o atirador pertence à família dos “amarelos”, conhecida pelas autoridades por vários crimes. É natural da Régua, mas reside em Viseu. Contudo, a Lusa adianta que o suspeito não tinha antecedentes criminais.

ZAP // Lusa

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