Até os Republicanos a criticam. Candidata a vice de Trump sob fogo por ter matado uma cadela

1

Gage Skidmore / Flickr

Kristi Noem, Governadora da Dakota do Sul

A Governadora da Dakota do Sul e provável candidata a vide-presidente de Donald Trump admite ter matado uma cadela. E promete revelar mais histórias “verdadeiras, honestas e politicamente incorretas que vão fazer a imprensa suspirar”.

Kristi Noem, Governadora da Dakota do Sul e um dos nomes mais falados para ser a número 2 de Donald Trump na corrida presencial, está em maus lençóis após a publicação de um livro onde admite ter matado uma cadela e uma cabra.

O incidente, detalhado no seu livro de memórias “No Going Back: The Truth on What’s Wrong with Politics and How We Move America Forward”, relata como Noem matou uma wirehair pointer de 14 meses chamado Cricket e uma cabra num único dia durante a época de caça.

A história, inicialmente reportada pelo The Guardian, atraiu severas críticas de várias frentes, incluindo comentadores conservadores, ativistas dos direitos dos animais e ex-colegas. Noem incluiu a história no livro para mostrar a sua disposição para fazer qualquer coisa “difícil, confusa e feia” se precisar de ser feita.

A Governadora relata que levou a cadela para caçar faisões com cães mais velhos, na esperança de a treinar. Mas Cricket estragou a caça, ficando “louca de tanta excitação, a perseguir todos os pássaros e a divertir-se muito”.

Noem refere que tentou controlar a cadela com uma coleira eletrénica, mas nada funcionou. Então, no caminho para casa após a caça, quando Noem parou para conversar com uma família local, Cricket escapou e atacou as galinhas da família, “agarrando uma galinha de cada vez, esmagando-a até a morte com uma mordida, depois largando-a para atacar outra”.

Quando Noem finalmente agarrou Cricket, pediu desculpas repetidas vezes ao dono das galinhas e pagou-lhes uma compensação. Apesar de tudo, Cricket era “a imagem da pura alegria”.

Eu odiava aquela cadela”, escreve Noem, que acredita que o animal provou ser “intreinável” e “perigoso para qualquer pessoa”. “Naquele momento percebi que precisava de a abater”, aponta.

Alyssa Farah Griffin, ex-funcionária da Casa Branca de Trump, expressou o seu horror pelo incidente. “Um cão com 14 meses ainda é um cachorro e pode ser treinado. Qualquer pessoa que faça mal a um animal sem necessidade por ser inconveniente precida de ajuda”, afirma.

Rachel Bade, correspondente em Washington para o Politico, questiona a decisão de Noem de se gabar do feito. “Não sei quem é que aconselhou Kristi Noem que era boa ideia gabar-se de matar um cachorro de 14 meses, mas aposto que isto vai ser um grande problema para ela se for escolhida para VP”, considera.

“Pode-se recuperar de muitas coisas na política, mas não de se matar um cão. Boa sorte com essa escolha para VP”, declarou a comentadora conservadora Meghan McCain no Twitter.

A resposta do lado democrata foi rápida e incisiva, com a campanha de reeleição de Joe Biden e o Comité Nacional Democrata a aproveitarem a controvérsia para pintar um contraste marcante entre os valores Democratas e Republicanos relativamente ao bem-estar animal.

A PETA também se pronunciou, rotulando as ações de Noem de “psicóticas e lunáticas”, refletindo uma falha em compreender princípios políticos e humanos essenciais como educação e compaixão.

Na resposta às críticas, Noem tentou justificar as suas acções. “Nós adoramos animais, mas decisões difíceis como esta acontecem a toda a hora numa quinta. Infelizmente, tivemos de abater três cavalos há algumas semanas que estavam na nossa família há 25 anos”, afirmou, prometendo revelar mais histórias “verdadeiras, honestas e politicamente incorretas que vão fazer a imprensa suspirar”.

Adriana Peixoto, ZAP //

1 Comment

  1. É psicopata e tem orgulho nisso, aliás como muitos Trumps deste mundo, monstros sem empatia. Quem joga sujo ganha sempre…. até ser apanhado!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.