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Astrónomos encontram 39 galáxias tão rápidas que nem o Hubble as consegue ver

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NASA /NRAO/AUI/NSF S. Dagnello

Galáxias antigas e massivas têm-se escondido no nosso Universo – e esconderam-se tão bem que são “invisíveis” ao olhos do famoso Telescópio Hubble.

Mas agora, os astrónomos que examinaram dados infravermelhos descobriram 39 destas galáxias, a espreitar em lugares estranhos do universo primitivo onde o céu noturno seria muito diferente do nosso.

A luz que atingiu a Terra em 2019 a partir destas galáxias enormes e distantes teve que viajar tão longe que tem mais de milhares de milhões de anos, mostrando-nos como era essa parte do universo nos seus primeiros dois mil milhões de anos de existência. A luz está tão alterada que o Hubble – construído para ver em luz ultravioleta, visível e infravermelha próxima – não conseguiu vê-lo.

Isto aconteceu porque estas galáxias distantes – como a maioria das coisas distantes no nosso universo – estão a acelerar-se para longe de nós – uma consequência da energia escura que dirige a expansão do espaço. A luz vinda de objetos que se afastam de nós é aumentada em comprimentos de onda maiores e mais vermelhos.

Estas galáxias superdistantes estão a afastar-se tão rápido, de acordo com os investigadores que as descobriram, que a luz ultravioleta e a luz visível que emitiram mudaram completamente para a longa faixa de comprimento de onda “submilimétrica” que nem o Hubble consegue detetar.

Como resultado, de acordo com um artigo publicado em agosto na revista especializada Nature, a maioria dos astrónomos que estão focados nos primeiros dois mil milhões de anos do universo acabam por estudar galáxias muito distantes que, no entanto, estão suficientemente imóveis para que o Hubble as possa ver.

Mas estas galáxias não são a norma. “Isso levanta questões da verdadeira abundância de galáxias massivas e da densidade da taxa de formação de estrelas no início do Universo”, escreveram os investigadores. Noutras palavras: quantas galáxias havia na época e com que velocidade formaram estrelas?

Astrónomos já tinham visto galáxias massivas individuais do passado profundo, bem como galáxias menores que tendem a estar envoltas em poeira. Mas para este trabalho, a equipa usou uma série de telescópios submilimétricos para detetar estas 39 galáxias antigas nunca antes vistas.

“Foi difícil convencer nossos pares de que estas galáxias eram tão antigas como suspeitávamos que fossem. As nossas suspeitas iniciais sobre a sua existência vieram dos dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer“, disse Tao Wang, principal autor do estudo e astrónomo da Universidade de Tóquio, disse em comunicado. “Mas ele tem olhos aguçados e revelou detalhes em comprimentos de onda submilimétricos, o melhor comprimento de onda para espreitar através da poeira presente no universo primitivo”.

Mesmo assim, foram necessários mais dados do Very Large Telescope, no Chile, para realmente provar que os cientistas estavam a ver antigas galáxias maciças.

Estas descobertas são significativas para os primeiros modelos do universo e para explicar como o nosso universo moderno passou a existir. Diversos modelos existentes predizem uma densidade muito menor deste tipos de galáxias, embora os cientistas suspeitem que as coisas possam ser diferentes. Com a nova descoberta, os cientistas precisam de refinar os seus modelos para dar conta deste novo conjunto de dados.

ZAP //

7 Comments

    • Um astrônomo ou astrónomo é um cientista que estuda corpos celestes como planetas, estrelas e galáxias. Historicamente, a astronomia se preocupava mais com a descrição de fenômenos no céu, enquanto a astrofísica tentava explicar esses fenômenos e a diferença entre eles com o uso de leis da física.

  1. Hubble é fake 😉 aliás restrito a 99% da população.
    A terra é plana e com simples pesquisas podemos chegar a essa conclusão.

  2. Difícil mesmo é mudar o dogma adotado pela comunidade científica a respeito da expansão do universo. Se: “Como um todo, os resultados atuais do ALMA desafiam a nossa atual compreensão da evolução do Universo”, isso que dizer que precisamos quebrar essa bolha de cientistas que insistem na expansão do universo como um fato. O mais lógico seria admitirmos uma variação nas emissões eletromagnéticas da matéria ao longo do tempo, o que justificaria a tendência para o vermelho das emissões no passado e o possível encolhimento da matéria ao longo do tempo, que induziria a uma ilusão de expansão do universo.

    • Tem toda a razão Romão!… Aliás, há pessoas que tentaram mudar o paradigma mas foram postos de lado na comunidade científica… é o caso do Dr. Halton Arp, cujo mentor foi o Dr. Hubble. Veja a sua vida e obra. Fascinantes! Veja sobre as galáxias e quasares peculiares e sobre o dito “Redshift”. Redshift = idade do objecto e não distância como nos querem fazer crer.
      Dr. Harold Aspden também tem muito bom material científico que complementa a ideia de um Universo Infinito e Imutável em termos de espaço. Inclui ainda o conceito de “Aether”. http://haroldaspden.com/

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