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Astrónomos descobrem vestígios de antigas supernovas na Grande Nuvem de Magalhães

MCELS / Cerro Tololo Inter-American Observatory / University of Michigan

A Grande Nuvem de Magalhães

Uma equipa de astrónomos confirmou três remanescentes de supernova e descobriram 16 novos candidatos a remanescentes na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia satélite da Via Láctea.

Miranda Yew, investigadora na Universidade de Sidney, na Austrália, explicou que estes remanescentes de supernova já foram estrelas jovens e brilhantes, mas os “seus contemporâneos da parte central e densa da galáxia desapareceram há muito tempo, quando se fundiram no vasto meio interestelar”.

Segundo a cientista, “estes objetos celestes teimosos conseguiram sobreviver – isto porque as condições nos arredores da galáxia são muito mais favoráveis para uma vida mais longa”.

16 novos candidatos remanescentes de supernova na Grande Nuvem de Magalhães

Yew e a sua equipa utilizaram dados do telescópio Curtis Schmidt e descobriram que os novos candidatos a remanescentes de supernova tinham mais de 230 anos-luz de diâmetro.

“As nossas análises sugerem a descoberta de uma classe de remanescentes de supernova, grandes e maioritariamente visíveis, anteriormente desconhecidos, […] Acreditamos que estes objetos estejam num ambiente muito rarefeito e tenham até 120.000 anos de idade”, explicou, citada pelo Sci-News.

O ambiente rarefeito permite que os remanescentes se expandam livremente. Esta descoberta sugere, assim, que a Grande Nuvem de Magalhães, localizada a aproximadamente 160.000 anos-luz, esteja a passar por um período recente de formação estelar.

O próximo passo da equipa é explorar os remanescentes através de raios-X com o eROSITA, um projeto conjunto com o Instituto Max Planck de Física Extraterrestre. O artigo científico com os resultados foi publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

ZAP //

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