O asteróide que se acredita ter motivado a extinção dos dinossauros pode também ter acabado com grande parte da vida marinha dos oceanos, provocando uma invasão mundial de algas.
Esta ideia surge no âmbito de um novo estudo que recorreu à ciência dos foguetões para comprovar a tese de que o mega-asteróide de 10 quilómetros que atingiu a Terra há 66 milhões de anos matou não apenas 75% dos animais e a maioria das plantas, mas também levou à quase extinção da vida marinha.
O asteróide, que terá provocado uma cratera de 180 quilómetros de extensão e 20 quilómetros de profundidade, libertou fragmentos super-quentes na atmosfera, causando “efeitos secundários” como ondas de choque, incêndios, tsunamis e a total escuridão.
Além da extinção quase total da vida terrestre, muitos animais marinhos também morreram, o que sempre intrigou os cientistas, já que a água deveria tê-los protegido das radiações e demais consequências causadas pelo impacto.
O mistério parece ter sido finalmente desvendado, conforme se nota no estudo divulgado pela publicação científica Journal of Geophysical Research: Planets e divulgado pelo blogue da União Americana de Geofísica (AGU).
O líder da investigação, o engenheiro aeroespacial Devon Parkos da Escola de Aeronáutica e Astronáutica da Universidade Purdue no Indiana, EUA, refere que o asteróide foi “pouco amigável para qualquer coisa viva”.
A equipa liderada por este investigador usou modelos da ciência de foguetões, feitos para a reentrada na terra de naves espaciais, para avaliar como condições de alta altitude e de baixa pressão terão influenciado os fragmentos do asteróide.
A simulação indicou que, quando reentraram na atmosfera terrestre, as bolas de fogo minúsculas criaram grandes quantidades de gases nitrogenados.
Estes gases terão provocado chuvas ácidas que podem ter aumentado os níveis de nitratos e de fosfatos presentes nos oceanos, o que terá provocado o crescimento global e fatal de algas.
Este florescimento a grande escala terá afectado negativamente os ecossistemas marinhos, motivando o aparecimento de toxinas prejudiciais, e gerando assim, a quase extinção da vida marinha.
O crescimento massivo das algas terá também bloqueado a luz do sol que é necessária para que o fitoplâncton realize a fotossíntese, isto é, a absorção de dióxido de carbono da água com libertação de oxigénio.
O nível de oxigénio das águas terá reduzido drasticamente, matando peixes, bactérias e plantas aquáticas.
SV, ZAP
Caros ZAP, gás carbónico = dióxido de carbono (nome mais conhecido e em PT-PT), nitrogénio = azoto (PT-PT), nitrogénio óxido não é um nome IUPAC sendo o correcto monóxido de azoto.
Por favor corrijam no texto.
Corrigido, obrigado pelo reparo.