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Assessor do CDS na Câmara de Lisboa investigado por pornografia infantil após denúncia por abuso de menor

jad99 / Wikimedia

Edifício da Câmara Municipal de Lisboa

Tiago Telo de Abreu, assessor do vice-presidente da Câmara de Lisboa e ex-vereador do CDS-PP em Elvas, está a ser investigado por posse e partilha de pornografia de menores. Também há denúncias contra ele por abuso sexual de menores.

O Ministério Público está a investigar o caso há cerca de três meses, conforme adianta a TVI, notando que tudo começou com uma queixa por abuso sexual de uma menor de 12 anos apresentada em Junho de 2023, à GNR de Ponte de Sôr.

A análise a mensagens trocadas na rede social Instagram levou a buscas a Tiago Telo de Abreu em Maio passado, que levaram à apreensão do seu telemóvel.

Nessa altura, Tiago Abreu foi ouvido pela Polícia Judiciária de Setúbal, que o terá confrontado com fotografias de menores que teria na sua posse, ainda segundo a TVI. Enfrenta, agora, acusações pelos crimes de posse e partilha de pornografia infantil.

O ex-vereador do CDS-PP em Elvas, já se demitiu da Câmara de Lisboa, onde era assessor de Filipe Anacoreta Correia, após ter sido confrontado com a investigação em curso.

Tiago Abreu foi um dos organizadores da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.

CV TVI

Tiago Telo de Abreu, ex-assessor do vice-presidente da Câmara de Lisboa e ex-vereador do CDS-PP em Elvas.

Tiago Telo de Abreu, ex-assessor do vice-presidente da Câmara de Lisboa e ex-vereador do CDS-PP em Elvas.

Ex-mulher acusa Tiago Abreu de abuso sexual da filha de 6 anos

Há outra queixa-crime contra o já ex-assessor da autarquia por abuso sexual da filha de seis anos, que foi apresentada pela mãe da criança e ex-mulher de Tiago Abreu, conforme relata a TVI.

O ex-casal mantém vários litígios judiciais um contra o outro por causa da filha. A ex-mulher já tinha apresentado queixa contra o ex-marido por violência doméstica, num processo que perdeu.

O ex-vereador do CDS-PP em Elvas acusa a ex-mulher de subtracção de menor e salienta que “isto não devia ser um processo crime, mas sim um processo de alienação parental de uma mãe em relação a um pai”, refere numa nota escrita enviada à TVI.

“O processo está em segredo de justiça, mas na minha cidade natal, Elvas, no passado ano foram recebidas cartas anónimas, dirigidas aos presidentes das Juntas e ao presidente da Câmara e restante vereação, com cópia de parte dos autos, nas quais eu era difamado”, acrescenta Tiago Abreu.

O ex-assessor de Anacoreta Correia também revela que as denúncias foram ainda enviadas para a Câmara Municipal de Lisboa, “para todos os vizinhos do prédio” onde mora, e para o colégio da filha.

“É inimaginável a dimensão da dor, da indignação e do dano que isto me causa, não tendo eu dúvidas de que este processo acabará sem que nada me seja imputado”, sublinha ainda.

Quanto às imagens encontradas, não consegue explicá-las e diz que só pode ter sido alguém que acedeu indevidamente à sua conta.

ZAP //

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