Um prisioneiro norte-americano, condenado por homicídio, resolveu um problema matemático que estava há mais de dois milénios sem solução.
O norte-americano Christopher Havens, de 40 anos, resolveu um problema equacionado pela primeira vez pelo matemático grego Euclides há mais de dois milénios. Desde então que o problema vinha a intrigar grandes mentes, que não conseguiam encontrar solução.
A descoberta deu-se no sítio mais inesperado: numa prisão perto de Seattle, em Washington. É lá que Havens está encarcerado há nove anos. Dentro da sua cela e na biblioteca da prisão, Havens conseguiu desvendar o problema aritmético, escreve o Ancient-Origins.
Após sair da escola, Havens tornou-se toxicodependente e está agora a cumprir uma pena de 25 anos por homicídio. O norte-americano é um autodidata, tendo aprendido os fundamentos da matemática avançada já atrás das grades.
Havens conseguiu fechar um acordo com os guardas: tinha acesso a livros avançados de matemática e, em contrapartida, dava aulas de aritmética básica aos restantes prisioneiros.
O homem conseguiu então despertar o interesse dos outros prisioneiros na matemática e tem vindo a partilhar os seus conhecimentos.
Numa carta enviada a uma editora de livros matemáticos contou que os números e a matemática eram as suas ferramentas de recuperação, mas que não tinha ninguém com quem discutir as suas complexas ideias matemáticas. Foi assim que encontrou a ajuda do professor italiano Umberto Cerruti.
Para provar as habilidades do prisioneiro, Cerruti enviou-lhe um problema matemático para resolver. Em resposta, Havens enviou um “pedaço de papel de 120 centímetros com uma fórmula incrivelmente longa escrita nele”.
Foi então que Cerruti subiu a parada e convidou o assassino a examinar “um antigo problema matemático”. Havens conseguiu aquilo que estava fora do alcance dos computadores e de grandes matemáticos, usando apenas papel e caneta — resolveu a antiga teoria dos números e o problema das “frações contínuas”.
Em janeiro de 2020, o professor e o prisioneiro publicaram as descobertas apresentando uma solução para o antigo problema matemático. Hoje, a teoria é usada na criptografia militar, bancária e financeira.
Droga
Teria sido interessante especificar o que é que foi resolvido exactamente tanto mais que este assunto foi tratado por vários matemáticos. E ao fim de 1 ano já e utilizado? De que forma? Tenho algumas (muitas) dúvidas a esse repeito.
E, claro:
frações —> fracções
autodidata —> autodidacta
Imagino o que aconteceria se, logo ao nascerem, os seres humanos fossem colocados diretamente nos lugares certos, em que podem realmente ser úteis e competentes. Não duvido que todos os problemas do mundo atual já teriam sido resolvidos há séculos.
Ainda dizem que a prisão não lhes abre as ideias?
Alguém já disse que os números regem o universo. Nesse caso, serviu para recuperar um assassino que, dentro da prisão, resolveu empregar seu tempo a aperfeiçoar-se nos números e, ainda, melhorar o nível de seus colegas de estabelecimento. Ainda há uma esperança para a Humanidade…
A propósito: em português brasileiro temos frações e autodidata.